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    Dilma oferece militares nas ruas para vigiar cidades-sede

    MARCO ANTÔNIO MARTINS
    DO RIO
    ANDRÉ MONTEIRO
    DE SÃO PAULO

    03/06/2014 02h00

    O governo Dilma Rousseff ofereceu homens do Exército para atuar nas ruas e ajudar no patrulhamento das 12 cidades-sede da Copa.

    A capital paulista, onde será realizada a abertura do evento no próximo dia 12, já aceitou a oferta. Serão 4.000 homens, que também irão atuar nas cidades do interior que vão abrigar seleções. O Rio ainda não aceitou, mas o tema está sendo discutido pela cúpula da Segurança e a tendência é que o reforço seja confirmado.

    As Forças Armadas avaliam que os outros Estados também aceitarão a ajuda. Analistas entendem que nenhum deles irá recusar e correr o risco de ser responsabilizado por algum problema que venha a acontecer.

    Dilma destacou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, o general José Carlos De Nardi para percorrer as outras cidades e apresentar a proposta. O plano é diferente da ideia inicial, em que a presença militar seria restrita à segurança de estruturas estratégicas.

    Agora, os militares estarão espalhados em pontes, viadutos e vias de acesso às cidades-sede. As tropas também ficarão ao longo de rotas e ao redor de hotéis usados por autoridades e chefes de Estado, em aeroportos e outros pontos estratégicos.

    Os militares, porém, não irão trabalhar diretamente no combate ao crime ou nas manifestações –sua presença nas ruas será para aumentar a sensação de segurança.

    As tropas federais ficarão subordinadas aos centros de comando regionais da Copa, coordenados pelos secretários estaduais de segurança, mas que contam com representantes da PF e Exército. O governo usará os 21 mil militares que, inicialmente, ficariam aquartelados como equipe de contingência para atuar durante o Mundial.

    Eles repetirão em escala nacional o plano das Forças Armadas desenvolvido na segurança de chefes de Estado, durante a Rio+20, em 2012. Na ocasião, os militares foram vistos de prontidão por toda a cidade do Rio. Não serão usados tanques nas ruas.

    Nesta segunda, o secretário da Segurança de São Paulo, Fernando Grella, se reuniu com Cardozo e De Nardi para acertar detalhes. O acordo em São Paulo foi noticiado pelo jornal "Estado de S. Paulo".

    "Que fique claro: o Exército não vai ter atuação operacional, é simplesmente presença ostensiva para mostrar, estar presente, apoiando as atividades que continuarão sendo da PM", disse Grella.

    Ele também afirmou que os militares não irão atuar em manifestações e que eventual ação "depende de pedido do governador". O general De Nardi disse se tratar de ação preventiva, mas que "no caso deles serem atacados, irão se defender".

    Desde março, Dilma já discutia com assessores a possibilidade de que os militares tivessem maior atuação na Copa, mas a ideia vinha desagradando alguns setores.

    A possibilidade de greves de policiais em alguns Estados e o temor de delegações estrangeiras no quesito segurança levaram a presidente a levar o plano adiante.

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