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    Maioria dos brasileiros vê a Copa com mau humor, diz instituto americano

    RAUL JUSTE LORES
    DE WASHINGTON

    03/06/2014 11h51

    Um estudo realizado pelo Pew Center, um dos maiores institutos de pesquisas americanos, diz que há um "mau humor nacional" às vésperas da Copa e descreve uma "mudança dramática" em como os brasileiros veem a situação econômica e a imagem do país no mundo.

    A maioria dos brasileiros acha que abrigar a Copa foi um mau negócio. Entre os pesquisados, mais brasileiros acham que a Copa afetará negativamente do que positivamente a imagem do Brasil no exterior.

    A pesquisa aponta que 72% dos brasileiros declaram-se insatisfeitos com a situação atual do Brasil. Essa insatisfação era declarada por 49% dos ouvidos em 2010 e por 55% no ano passado. A margem de erro da pesquisa é de 3,8 pontos percentuais, para mais ou para menos.

    Questionados sobre as vantagens de se abrigar a Copa do Mundo, 61% concordam com a frase que "é ruim abrigar a Copa porque tira dinheiro dos serviços públicos". Só 34% aceitam que "abrigar a Copa é bom porque cria empregos".

    Editoria de Arte/Folhapress

    Sobre o impacto da Copa do Mundo na imagem internacional do Brasil, 39% dizem que vai "causar danos"; 35% que ajuda; e 23% que não vai causar nenhum impacto.

    A pesquisa realizada pelo Pew em abril e divulgada nesta terça-feira (3) mostra algumas viradas pessimistas. À pergunta "você acha que o Brasil se tornará uma potência emergente?", 53% diziam que sim em 2010; o número caiu para 39%. Além disso, 67% definem a situação econômica do país como ruim (apenas 36% opinavam o mesmo em 2010).

    Para as 1.003 pessoas entrevistadas no Brasil –todas maiores de 18 anos–, entre 10 e 30 de abril, os maiores problemas do país são, em ordem, inflação (85%), insegurança (83%), saúde pública (83%) e corrupção (78%).

    Quanto aos protestos de junho de 2013, a sociedade parece dividida: 47% dizem que foram positivos; 48%, negativos. Entre homens e o grupo de 18 a 29 anos de idade, o apoio aos protestos é maior. Entre as mulheres e aqueles com idade acima de 50 anos, a opinião é mais negativa.

    O estudo completo foi apresentado nesta terça-feira em Washington, com um debate no Wilson Center, centro de estudos na capital americana.

    PRESIDENTES

    Outro contraste da pesquisa é sobre a influência positiva dos presidentes. Em 2010, 84% diziam que o então presidente Lula era uma influência positiva. Na atual pesquisa, 48% dizem o mesmo de Dilma Rousseff; 52% dizem que ela é uma influência "negativa" (Lula só era considerado assim por 14% dos ouvidos naquele ano).

    Mas Dilma ainda tem uma imagem favorável bem mais alta que a dos seus adversários na campanha presidencial deste ano; 51% tem imagem favorável dela, contra 27% de Aécio Neves (PSDB) e 24% de Eduardo Campos (PSB).

    Entre as instituições, a mídia e as lideranças religiosas aparecem empatadas como as mais confiáveis (69%). Depois vêm os militares (49%) e governo federal (47%). As instituições menos confiáveis são a polícia (33%) e a Justiça (25%).

    O Bolsa Família é aprovado por 75% dos ouvidos. Apenas 23% dizem que ele é ruim.

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