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    PSB de SP quer dar 'chave de braço' em Campos, diz porta-voz da Rede

    NATUZA NERY
    DE BRASÍLIA

    04/06/2014 11h55

    Os neoaliados PSB e Rede racharam em São Paulo. Enquanto o primeiro aceita ingressar na chapa para a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB), a ex-senadora Marina Silva e seu grupo rechaçam qualquer união com o tucano, que cogita dar a vaga de vice aos peesebistas.

    O porta-voz nacional da Rede, deputado Walter Feldman, um dos responsáveis por selar, em outubro passado, a surpreendente aliança de Eduardo Campos (PSB-PE) com Marina, afirmou que uma adesão assim é uma "armadilha" que contraria o propósito nacional de instituir o que os dois lados chamam de "nova política".

    "O PSB de São Paulo está dando uma chave de braço no seu candidato (Campos)", disse ele.

    "Com essa aliança, Eduardo Campos volta a se assemelhar a Aécio Neves", completou, sobre a aproximação inicial, hoje abortada, dos dois presidenciáveis da oposição.

    Enquanto as diferenças são expostas, Geraldo Alckmin analisa qual destino dará à sua coligação. O ex-prefeito Gilberto Kassab promete entregar o apoio de seu PSD se entrar como número dois na chapa.
    O tucano, porém, ainda não decidiu, ou ao menos não comunicou, se oferecerá a vice para o PSB ou PSD.

    No PSB, o interessado no posto é o presidente da sigla no Estado, o deputado federal Márcio França.

    Segundo a Folha apurou, apesar dos sinais de maior aproximação com o PSD de Kassab nos últimos dias, o governador confidenciou a interlocutores que gostaria de ter o PSB a seu lado na vice.

    Alckmin, contudo, quer esperar que Campos e Marina se resolvam, pois não quer bater o martelo, correr o risco de espantar Kassab da aliança e, no fim, acabar sem nenhuma das duas legendas.

    Isso porque Alckmin não descarta a hipótese de Marina convencer Campos a interferir no diretório estadual e desfazer o acordo de união.

    Essa insegurança, entretanto, acabou abrindo espaço, nos últimos dias, à ofensiva do PSD pela vaga.

    Interlocutores de Gilberto Kassab apostam que o governador atrase sua definição o máximo possível para evitar surpresas negativas. PSB e PSD têm tempo equivalente de TV.

    "Se PSB for com o PSDB, perderemos nosso patrimônio, que é o tempo de TV. Não vai poder aparecer Eduardo e Marina na televisão. Nós entregaremos nosso tempo estadual, um minuto de televisão. É muita coisa para o Alckmin e é tudo para nós", acrescentou Feldman.

    "A Marina não vai aparecer [ao lado de Campos, se a opção for essa]", acrescentou. "Quer dizer que o que foi proposto de renovação política não serve para São Paulo? Estamos na contramão do rumo nacional."

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