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    Metroviários de SP rejeitam acordo e decidem parar nesta quinta-feira

    DE SÃO PAULO

    04/06/2014 19h46

    Os metroviários de São Paulo decidiram na noite desta quarta-feira parar as atividades por tempo indeterminado a partir da 0h desta quinta. A categoria rejeitou a proposta de 8,7% feita nesta tarde pelo Metrô –a proposta anterior era de 7,8%. Com isso, todas as linhas devem ser afetadas, com exceção da 4-amarela, que é atendida por uma concessão e tem os funcionários representados por outro sindicato.

    Com a paralisação, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) decidiu suspender o rodízio de veículos, que impediria o tráfego de carros com placas de final 7 e 8 nos horários de pico.

    Os metroviários definiram também uma nova assembleia para as 17h de quinta para decidir sobre a continuidade da paralisação.

    Após reunião no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), o presidente do sindicato dos metroviários, Altino de Melo Prazeres Junior, já tinha dito que os metroviários não aceitariam o reajuste oferecido. A última proposta feita pelos metroviários era de 16,5%, mas hoje eles disseram que aceitariam acordo desde que o índice chegasse a mais de 10%.

    André Monteiro/Folhapress
    Em assembleia, metroviários aprovam greve nesta quinta-feira em São Paulo
    Em assembleia, metroviários aprovam greve nesta quinta-feira em São Paulo

    O Metrô ainda tentou um acordo concedendo aumento nos benefícios, como no vale refeição e vale alimentação. Juntos, os reajustes resultariam em aumentos de 10,6% a 13,3%, dependendo do cargo, nos rendimentos finais dos metroviários. Para Luiz Antonio Carvalho Pacheco, presidente do Metrô, foi uma "proposta bastante substantiva", mas também foi recusada.

    Desde o último reajuste da categoria, no ano passado, a inflação acumulada foi de 5,8% –índice do INPC, medido pelo IBGE, o mais usado em negociações salariais e na correção do salário mínimo.

    O piso dos metroviários é de R$ 1.323,55, com data-base em 1º de maio. No ano passado, o reajuste concedido foi de 8%, ante INPC de 7,2%.

    NEGOCIAÇÃO

    Outro ponto que não avançou na reunião desta quarta-feira no TRT foi o pedido para a definição de um plano de carreira para alguns setores da companhia, como nas gerência de operações, logística e manutenção.

    Os metroviários querem que sejam criados pisos e tetos de salário para cada cargo, mas o Metrô diz que a exigência esbarra nas regras da administração pública definidas pela Constituição e na impossibilidade de entrada única para as carreiras propostas devido aos pré-requisitos necessários.

    O TRT sugeriu que o assunto, por ser muito específico, seja discutido em reunião exclusiva, mas os metroviários já tinham dito que só aceitariam a proposta caso o Metrô apresentasse uma sugestão concreta para discussão.

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    RAIO-X DOS METROVIÁRIOS¹

    9.475 funcionários, sendo 2/3 responsáveis diretos pela operação:
    3.136 operadores
    1.206 oficiais de manutenção
    1.147 seguranças
    1.016 técnicos
    Piso: R$ 1.323,55
    Orçamento do sindicato: R$ 5,5 milhões/ano
    Data-base: 1º de maio

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    NEGOCIAÇÃO

    Reivindicação dos metroviários: 16,5%, mas disseram na última reunião que aceitariam acordo desde que o índice chegasse a mais de 10%

    Proposta do governo do Estado: 8,7%, proposta anterior era de 7,8%

    Último reajuste concedido: 8%, ante INPC de 7,2%, no ano passado

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    HISTÓRICO DE GREVES NO METRÔ²
    23.mai.2012
    2 e 3.ago.2007
    14.jun.2007
    15.ago.2006
    17 e 18.jun.2003
    25 e 26.jun.2001
    2.jun.2000
    9.dez.1999
    24.nov.1999

    ¹Em dez.2013
    ²Paralisações que acarretaram na suspensão do rodízio de veículos
    Fonte: Metrô, Sindicato dos Metroviários, CET

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