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    Pizzolato chega à Corte de Bolonha para julgamento sobre extradição

    GRACILIANO ROCHA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BOLONHA

    05/06/2014 10h17

    Graciliano Rocha/Folhapress
    Pizzolato chega em furgão da polícia (azul) para audiência na Corte de Bolonha, na Itália
    Pizzolato chega em furgão da polícia (azul) para audiência na Corte de Bolonha, na Itália

    O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato chegou nesta quinta-feira (5) à Corte de Apelação de Bolonha, na Itália, para participar do julgamento sobre o pedido de extradição feito pelo Brasil.

    Pizzolato está preso desde fevereiro na penitenciária de Sant'Anna, em Módena, no norte da Itália. Ele chegou à corte em um furgão da polícia, que tinha os vidros cobertos por cortinas, por volta das 14h20 (9h20 horário de Brasília). Vestindo uma camisa xadrez azul, o ex-diretor do BB foi levado à sala onde ocorrerá a audiência.

    O destino de Pizzolato, condenado no julgamento do mensalão, será decidido por três juízes em uma sessão em que a situação dos direitos humanos nos presídios brasileiros deverá ser intensamente discutida.

    Condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato foi o único condenado no julgamento do mensalão a fugir do Brasil.

    Para Michelle Gentiloni, advogado italiano contratado pelo governo brasileiro para atuar no processo de extradição, é "improvável" que os três juízes de Bolonha decidam hoje se o petista deve ou não ser extraditado. Segundo ele, o cenário mais provável é que haja um pedido de novas informações.

    A defesa de Pizzolato tem enfatizado fortemente a situação dos direitos humanos no Brasil para evitar a extradição. Representantes da Procuradoria-Geral da República, da Advocacia-Geral da União e do Ministério da Justiça do Brasil estão em Bolonha para acompanhar o julgamento.

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    CONDENAÇÃO DE HENRIQUE PIZZOLATO

    CRIMES Corrupção passiva, peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro

    PENA 12 anos e 7 meses de prisão em regime fechado, mais uma multa de R$ 1,3 milhão

    O QUE ELE FEZ Em 2003 e 2004, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil autorizou o repasse de R$ 73,8 milhões que a instituição tinha no fundo Visanet para a DNA, agência de publicidade do empresário Marcos Valério que tinha contrato com o BB e foi usada para distribuir dinheiro a políticos. Pizzolato recebeu R$ 336 mil do esquema

    O QUE ELE DISSE Pizzolato afirmou durante o julgamento que o dinheiro que recebeu era destinado ao PT e foi entregue a um emissário do partido. Ele se queixou do fato de que outros executivos do banco autorizaram repasses de recursos do Visanet e não foram processados. Ele nega que o dinheiro tenha sido desviado para o mensalão

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