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    Se a greve cair na ilegalidade vamos demitir, diz secretário de Transportes

    ANA KREPP
    DE SÃO PAULO

    05/06/2014 12h04

    O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, disse nesta quinta-feira que, se a greve for considerada ilegal pela Justiça do Trabalho, o governo não será "complacente" com os metroviários.

    "Se a greve cair na ilegalidade, o governo não será complacente. Se for necessário ir até as demissões, nós vamos. O governo não temerá dar passos no sentido de resolver [a situação]", disse Fernandes.

    Na tarde desta quinta-feira, houve audiência de conciliação entre governo e metroviários no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), mas não houve acordo. A legalidade da greve e o dissídio de reajuste agora deverão ser julgados entre o final de semana e a próxima segunda-feira (9). A data exata ainda não foi definida.

    Até o julgamento, permanecer valendo a liminar da Justiça que determinou que os metroviários operem com 100% da frota prevista nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e com 70% nos demais horários. Caso haja descumprimento da decisão, uma multa de R$ 100 mil por dia será aplicada ao sindicato da categoria.

    Na reunião de hoje, os metroviários sugeriram reajuste de 12,2% –antes era 16,5%–, mas os representantes do Metrô afirmaram que não existe possibilidade financeira de conceder reajuste maior que 8,7%. O presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, lembrou que o aumento nos benefícios resultarão em aumentos de 10,6% a 13,3%.

    A GREVE

    A uma semana da Copa, a cidade de São Paulo amanheceu nesta quinta parcialmente sem o transporte público do metrô, devido a greve por tempo indeterminado dos metroviários. As linhas começara a funcionar de forma gradativa e chegou a operar em 37 das 61 estações sob administração do governo.

    Segundo o Metrô, estão operando no momento, o trecho entre as estações Luz e Saúde, na linha 1-azul; entre as estações Ana Rosa e Vila Madalena, na linha 2-verde; e entre as estações Tatuapé e Marechal Deodoro, na linha 3-vermelha. As linhas 4-amarela e 5-lilás operam normalmente.

    Pela manhã a cidade atingiu o pico de congestionamento do ano. No total havia 209 km de lentidão nas ruas e avenidas monitoradas pela CET. O rodízio municipal de veículos está suspenso hoje.

    O piso dos metroviários é de R$ 1.323,55, com data-base em 1º de maio. No ano passado, o reajuste concedido foi de 8%, ante INPC de 7,2%.

    Editoria de Arte/Folhapress

    NEGOCIAÇÃO

    O Metrô tentou um acordo concedendo aumento nos benefícios, como no vale refeição e vale alimentação. Juntos, os reajustes resultariam em aumentos de 10,6% a 13,3%, dependendo do cargo, nos rendimentos finais dos metroviários. Para Luiz Antonio Carvalho Pacheco, presidente do Metrô, foi uma "proposta bastante substantiva", mas também foi recusada.

    Desde o último reajuste da categoria, no ano passado, a inflação acumulada foi de 5,8% -índice do INPC, medido pelo IBGE, o mais usado em negociações salariais e na correção do salário mínimo.

    Outro ponto que não avançou na reunião desta quarta-feira no TRT foi o pedido para a definição de um plano de carreira para alguns setores da companhia, como nas gerência de operações, logística e manutenção.

    Os metroviários querem que sejam criados pisos e tetos de salário para cada cargo, mas o Metrô diz que a exigência esbarra nas regras da administração pública definidas pela Constituição e na impossibilidade de entrada única para as carreiras propostas devido aos pré-requisitos necessários.

    O TRT sugeriu que o assunto, por ser muito específico, seja discutido em reunião exclusiva, mas os metroviários já tinham dito que só aceitariam a proposta caso o Metrô apresentasse uma sugestão concreta para discussão.

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