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    Se Pizzolato não for extraditado, pode ser julgado na Itália, diz Cardozo

    DE BRASÍLIA

    05/06/2014 13h08

    O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) afirmou nesta quinta-feira (5) que uma das "hipóteses" do governo brasileiro é pedir à Itália um segundo julgamento de Henrique Pizzolato sobre suas condutas no mensalão, caso não ocorra a extradição.

    Nesta quinta, a Itália julga o pedido de extradição do governo brasileiro. Pizzolato, que tem cidadania italiana, fugiu para a Itália no ano passado para escapar das punições do mensalão e justamente ter um segundo julgamento naquele país.

    De acordo com o ministro da Justiça, o Brasil pode pedir esse segundo julgamento, caso não ocorra a extradição. "Caso não seja concedida a extradição, uma da possibilidade que deve ser estudada por nos é algo que está previsto no acordo, que a pessoa responda pelos crimes que praticou em julgamento no seu país. Ou seja extradita, ou que se peça que ele seja julgado e não fique impune", disse.

    Cardozo, contudo, disse que o governo trabalha com a possibilidade de que ele seja extraditado. O ministro ressaltou ainda que o segundo julgamento é apenas uma "hipótese" e que todas as medidas serão avaliadas. "Estamos advogando a tese da extradição e fornecemos as garantias que foram solicitadas. A intenção é que ocorra a extradição. Há todo um conjunto de situações que vamos estudar e não vamos antecipar. Temos que estudar os tratados e dialogar. Por ora, vamos esperar o julgamento e depois analisamos o que os tratados nos permitem fazer", afirmou Cardozo, após visitar o Centro de Gerenciamento da Força Nacional de Segurança, em Brasília.

    Henique Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão, pelo Supremo Tribunal Federal. Ele fugiu para Itália no ano passado e acabou preso em fevereiro deste ano, portando documento do irmão morto. "Por não vislumbrar a minha chance de ter um julgamento afastado de motivações político-eleitorais, com nítido caráter de exceção, decidi consciente e voluntariamente, fazer valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itália, em um Tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial, como está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália", escreveu em carta, ao anunciar a fuga.

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