A audiência de conciliação realizada entre metroviários e o Metrô, na tarde desta quinta-feira, terminou sem acordo. Com isso, a greve iniciada à 0h de hoje deverá ser mantida. Uma assembleia da categoria vai definir detalhes da continuidade da paralisação ainda nesta quinta.
Antes de encerrar a reunião, a desembargadora diz que, Rilma Aparecida Hemetério, vice-presidente judicial do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) alertou que, caso os dois lados "não arredem pé" de suas propostas, não será possível conciliação e isso levará ao julgamento da greve.
Metroviários sugeriram reajuste de 12,2%, mas os representantes do Metrô afirmaram que não existe possibilidade financeira de conceder reajuste maior que 8,7%. O presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, lembrou que o aumento nos benefícios resultarão em aumentos de 10,6% a 13,3%.
Antes do início da greve, os metroviários pediam reajuste de 16,5%. Já o Metrô, chegou a subir o percentual proposto de 7,8% para 8,7%.
Sem progresso nas negociações, o julgamento da greve e a definição do reajuste deveria ocorrer na tarde de sexta-feira (6), mas os metroviários pediram um prazo maior para apresentar sua defesa. Com isso, o julgamento poderá ocorrer no final de semana ou na segunda-feira (9). A data exata será definida pelo magistrado Rafael Pugliese, quando ele receber o processo.
Enquanto não ocorre o julgamento da greve, continua valendo a determinação da Justiça para que os metroviário mantenham 70% dos trens circulando nos horários normais e 100% nos horários de pico –6h às 9h e das 16h às 19h. A medida, porém, não foi cumprida hoje, o que pode acarretar multa de R$ 100 mil por dia ao sindicato.
O presidente dos metroviários, Altino Prazeres Junior, afirmou que vai levar para a assembleia da categoria, nesta noite, a questão da liminar, mas diz que a tendência é que a paralisação continue. "A greve deve se manter com essa proposta que não avançou", afirmou.
Segundo o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, 3,9 milhões de passageiros foram afetados diretamente pela greve desta quinta no metrô.
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RAIO-X DOS METROVIÁRIOS¹
9.475 funcionários, sendo 2/3 responsáveis diretos pela operação:
3.136 operadores
1.206 oficiais de manutenção
1.147 seguranças
1.016 técnicos
Piso: R$ 1.323,55
Orçamento do sindicato: R$ 5,5 milhões/ano
Data-base: 1º de maio
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NEGOCIAÇÃO
Reivindicação dos metroviários: 16,5%, mas disseram na última reunião que aceitariam acordo desde que o índice chegasse a mais de 10%
Proposta do governo do Estado: 8,7%, proposta anterior era de 7,8%
Último reajuste concedido: 8%, ante INPC de 7,2%, no ano passado
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HISTÓRICO DE GREVES NO METRÔ²
23.mai.2012
2 e 3.ago.2007
14.jun.2007
15.ago.2006
17 e 18.jun.2003
25 e 26.jun.2001
2.jun.2000
9.dez.1999
24.nov.1999
¹Em dez.2013
²Paralisações que acarretaram na suspensão do rodízio de veículos
Fonte: Metrô, Sindicato dos Metroviários, CET