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    PSB aprova aliança com Alckmin e quer indicar vice do governador em SP

    MARINA DIAS
    DE SÃO PAULO

    06/06/2014 13h38

    O diretório do PSB em São Paulo aprovou por unanimidade em reunião nesta sexta-feira (6) a aliança do partido para a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e quer indicar a vice na chapa tucana.

    Dirigentes da sigla defenderam que o deputado federal Márcio França (PSB-SP) seja o candidato a vice-governador na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, apesar da resolução não ser definitiva quanto ao cargo que o partido ocupará ao lado de Alckmin.

    "Se o PSB for vice, Alckmin vai ficar constrangido em negar apoio ao nosso candidato à Presidência, Eduardo Campos, no maior colégio eleitoral do país. Alckmin vai saber medir as palavras para falar dos dois candidatos", disse o prefeito de São José do Rio Preto, Valdomiro Lopes, em referência ao presidenciável do PSB e ao senador Aécio Neves, candidato do PSDB à sucessão de Dilma Rousseff.

    Com o PSB na conta, Alckmin tem a opção de aceitar uma indicação para vice ou para o Senado. Acontece que o PSD de Gilberto Kassab está com as negociações bastante avançadas para ocupar a vice do tucano.

    A decisão do PSB é contraria à opinião da ex-senadora Marina Silva, vice na chapa de Campos, e que, desde o ano passado, defende a candidatura própria no Estado.

    Porta-voz nacional da Rede, grupo político de Marina, e um dos principais aliados da ex-senadora, o ex-deputado Walter Feldman manteve a defesa de candidatura própria e disse que quando Marina se filiou ao PSB só pediu atenção para discutir dois casos: São Paulo e Alagoas.

    Segundo Feldman, a chapa com Alckmin contradiz o discurso nacional do PSB, que prega a "nova política" em detrimento das alianças com os "velhos caciques", defendido publicamente por Campos e Marina.

    "Alckmin está desgastado. Não consigo enxergá-lo como um vento de mudança em São Paulo", disse Feldman. "Com candidatura própria, nós podemos ser uma terceira via", completou.

    DESGASTE INTERNO

    Nos último dias, Campos avisou a companheira de chapa que não iria intervir no diretório do PSB paulista para impedir a aliança com Alckmin.

    Segundo a Folha apurou, a equipe do ex-governador de Pernambuco já elabora um discurso que justifique o acordo sem grandes perdas políticas em termos nacionais.

    Em sua exposição, Márcio França defendeu o acordo com o tucano e disse que seguia uma resolução da cúpula nacional do partido. O deputado afirmou que o PSB decidiu há dois anos que deveria ter candidato próprio ao governo de Estados em que pudesse ser competitivo. Onde as chances fossem mais fracas, seria preciso se aliar a "adversários do PT".

    O deputado comparou ainda a força do diretório do PSB paulista com o grupo de Marina, que se filiou à sigla a poucas horas do fim do prazo eleitoral. França disse que o PSB em São Paulo tem 200 mil filiados, o que representa 32% da legenda nacional. Enquanto isso, os aliados da ex-senadora são, segundo ele, cerca de 100 pessoas.

    O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, também defendeu o apoio a Alckmin e disse que o nome de França foi colocado como opção para candidato próprio, mas que não foi aceito pela Rede.

    "Aécio já é o nosso adversário. A tendência é o debate entre Eduardo Campos e Aécio Neves recrudescer", disse Donizette. "Não podemos deixar Alckmin e Aécio sozinhos num colégio eleitoral tão importante quanto São Paulo", completou o prefeito.

    Feldman foi o único a falar contra a aliança em nome da Rede. Além dele, representavam Marina Silva João Paulo Capobianco, que foi apontado como um dos nomes para concorrer ao Bandeirantes, e Alexandre Zeitune, porta-voz estadual da Rede. Ambos, porém, não discursaram. Capobianco e Feldman foram embora antes mesmo da votação que aprovou a aliança com Alckmin.

    Dos 156 integrantes do diretório, 132 estavam presentes e votaram a favor da aliança. Em relação ao conteúdo do texto, que trazia inclusões de temas genéricos para um futuro programa de governo do PSDB, houve três votos contrários.

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