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    Com greve no metrô, CET volta a suspender rodízio em São Paulo

    DE SÃO PAULO

    08/06/2014 17h43

    A Prefeitura de São Paulo voltou a suspender o rodízio de veículos por conta da continuidade da greve dos metroviários. Com isso, nesta segunda-feira as placas com finais 1 e 2 poderão circular pelo centro expandido nos horários de pico sem restrição.

    Os trabalhadores decidiram continuar em greve durante uma assembleia realizada neste domingo. Os metroviários estão parados desde a 0h desta quinta-feira. Uma nova assembleia da categoria está marcada para as 13h desta segunda-feira (9), para avaliar a continuidade da paralisação.

    Durante a assembleia deste domingo, quatro pessoas falaram a favor da greve e quatro se pronunciaram contra. A continuidade da greve foi decidida pela maioria das pessoas presentes. A decisão foi estabelecida pela contraste de mãos levantadas.

    Funcionários que falaram contra a continuidade da greve foram vaiados. "A nossa greve já é vitoriosa. Nós fomos à mesa de negociação, aceitamos negociar. Nós resolvemos jogar esse jogo, e agora veio a decisão", disse um trabalhador.

    JULGAMENTO

    Pela manhã, o grupo de oito desembargadores do TRT determinou ainda que seja dado aos trabalhadores o reajuste salarial de 8,7%, percentual oferecido pelo Metrô, frente à uma inflação de 5,81%. A categoria pedia 12,2%. O último reajuste, de 8%, foi concedido no ano passado, ante INPC de 7,2%.

    Decisão do tribunal fixou em R$ 500 mil por dia a multa para os sindicatos dos metroviários e dos engenheiros caso a paralisação continue após o julgamento. Para os quatro dias de greve anteriores à sessão deste domingo, o valor é de R$ 100 mil ao dia.

    Também por unanimidade, os desembargadores decidiram que os dias parados serão descontados do salário dos grevistas.

    O piso salarial dos metroviários é de R$ 1.323,55. A data-base é de 1º de maio.

    Em nota, o Metrô afirmou que respeita a decisão do TRT e cumprirá as determinações da Justiça. A companhia aguarda o retorno imediato dos empregados ao trabalho para que o sistema volte a operar integralmente. Os excessos apurados durante a greve serão tratados em conformidade com os instrumentos internos e a legislação trabalhista.

    ESTAÇÕES

    Neste domingo, quarto dia da greve, as estações demoraram ao menos uma hora e meia para abrir. Durante a tarde, 30 das 61 estações administradas pelo Metrô estavam abertas, além das seis estações da linha 4-amarela, que é operada pela iniciativa privada.

    O trecho entre as estações Paulista e Faria Lima, porém, está fechado devido à obras. A ligação é feita por ônibus do sistema de emergência Paese.

    A linha 1-azul funciona da estação Ana Rosa à Luz; a linha 2-verde, da Ana Rosa à Vila Madalena; a linha 3-vermelha funciona da estação Bresser-Mooca à Marechal Deodoro. A linha 5-lilás opera sem restrições.

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    RAIO-X DOS METROVIÁRIOS¹

    9.475 funcionários, sendo 2/3 responsáveis diretos pela operação:
    3.136 operadores
    1.206 oficiais de manutenção
    1.147 seguranças
    1.016 técnicos
    Piso: R$ 1.323,55
    Orçamento do sindicato: R$ 5,5 milhões/ano
    Data-base: 1º de maio

    -

    NEGOCIAÇÃO

    Reivindicação dos metroviários: 12,2%, reivindicação anterior era de 16,5%

    Proposta do governo do Estado: 8,7%, proposta anterior era de 7,8%

    Último reajuste concedido: 8%, ante INPC de 7,2%, no ano passado

    -

    HISTÓRICO DE GREVES NO METRÔ²
    23.mai.2012
    2 e 3.ago.2007
    14.jun.2007
    15.ago.2006
    17 e 18.jun.2003
    25 e 26.jun.2001
    2.jun.2000
    9.dez.1999
    24.nov.1999

    ¹Em dez.2013
    ²Paralisações que acarretaram na suspensão do rodízio de veículos
    Fonte: Metrô, Sindicato dos Metroviários, CET

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