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    Empresas aéreas adotam medidas para lidar com passageiro bêbado na Copa

    MARIANA BARBOSA
    DE SÃO PAULO

    09/06/2014 03h00

    Potenciais problemas com passageiros embriagados estão no topo das preocupações das companhias aéreas nesta Copa do Mundo.

    Para prevenir esse tipo de incidente, que pode representar uma ameaça à segurança de voo e causar transtornos para os demais passageiros, as aéreas estão adotando uma série de medidas especiais.

    Na TAM, a escala da tripulação foi distribuída de forma a garantir que haja sempre um comissário homem a bordo. A Azul fez o mesmo, dentro da disponibilidade de comissários do sexo masculino. E reforçou as equipes nos 15 aeroportos das sedes com pessoas fluentes em inglês.

    A Gol distribuiu as equipes para que haja pelo menos dois idiomas em cada voo, além do português. A ideia é facilitar ao máximo a comunicação com os passageiros para evitar atritos.

    As companhias também dobraram a quantidade de fita de imobilização nos aviões. Elas são usadas para conter rapidamente um passageiro que esteja causando problemas, amarrando-o à poltrona.

    A tripulação da Azul identificou um aumento desse tipo de incidente na Copa das Confederações e está alerta para evitar casos no Mundial, explica o presidente da empresa, Antonoaldo Neves.

    As baixarias causadas por passageiros bêbados vão desde fazer xixi no corredor às agressões verbal e física quando solicitados a seguir regras, como desligar o celular.

    Por vezes, uma trapalhada -tentar abrir a porta da cabine de comando achando se tratar do banheiro, por exemplo-, pode acender o alerta de terrorismo e levar a um pouso de emergência, como aconteceu com um passageiro australiano em abril, em um voo da Virgin Australia para Bali, na Indonésia.

    As companhias estão atentas para identificar os primeiros sinais de alteração ainda em solo e podem impedir um passageiro de embarcar.

    Geralmente, elas convidam o cliente a visitar a enfermaria e depois tentam acomodá-lo em um outro voo.

    Casos de resistência são resolvidos com a ajuda da Polícia Federal -no fim de abril, no Recife, um alemão provocou tumulto depois de ter sido impedido pelo comandante de embarcar em um voo para Lisboa, em Portugal. Ele xingou e tentou agredir policiais e acabou contido com uma pistola de choque.

    Para esta Copa, os terminais tiveram reforço de mais de 1.100 policiais. Serão 1.389 agentes espalhados por 15 aeroportos nas cidades-sede.

    *

    CAUSAS PARA O MAU COMPORTAMENTO
    Intoxicação, seja por medicamento, drogas ou álcool
    Irritação com o comportamento de outro passageiro
    Frustração ligada ao voo -atraso, conexão muito longa, abstinência de fumo ou álcool

    PREVENÇÃO
    O que aéreas e aeroportos estão fazendo para a Copa

    Tripulação mista:
    TAM e Azul programaram a escala dos comissários de modo que sempre haja um homem a bordo caso seja necessário usar a força para conter um passageiro indisciplinado

    Bilíngue:
    A tripulação da Gol será composta de forma que seja capaz de se comunicar em pelo menos dois idiomas diferentes, além do português

    Reforço nos aeroportos:
    Mais policiais militares e civis na área do check-in e policiais federais do lado restrito do aeroporto

    *

    PROCEDIMENTOS

    No check-in:
    Quando um passageiro demonstra comportamento inadequado e exaltado e aparenta estar sob efeito de álcool, as companhias costumam encaminhá-lo para a enfermaria do aeroporto e acomodá-lo posteriormente em outro voo (o procedimento não é obrigatório, mas é comum no país)

    A bordo:
    O comandante é a autoridade máxima e tem poder para impedir o embarque de um passageiro que demonstre estar alcoolizado ou sob efeito de drogas e "que não se encontre convenientemente trajado e calçado"

    No desembarque:
    Em caso de incidente durante o voo, o comandante pode desembarcar o passageiro na primeira escala ou alterar a rota do voo para retirá-lo da aeronave

    Em casos extremos, ele pode acionar a Polícia Federal para a retirada do passageiro no desembarque

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