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    Governo de SP diz ter plano B caso greve no Metrô persista até a Copa

    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    09/06/2014 12h28

    O coordenador de Relações Institucionais da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Roberto Arantes, disse nesta segunda-feira que o governo estadual tem um "plano B" caso a greve dos metroviários se estenda até quinta-feira (12), dia da abertura da Copa do Mundo.

    O coordenador não quis antecipar o plano de contingência por uma questão, segundo ele, de "segurança institucional". Ele, no entanto, antecipou que poderá haver um reforço de transporte sobre rodas no caso da greve continuar.

    De acordo com ele, o sistema Paese (Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência) poderá ser acionado caso tenha uma demanda de transporte para o deslocamento de torcedores para o estádio do Itaquerão.

    Ele afirmou, no entanto, que o governo de São Paulo espera que a greve tenha fim até a quinta-feira. Se ela continuar, a população será informada sobre o plano de contingenciamento, mas não quis informar quando será feito.

    "Há a previsão de que se houver qualquer problema no sistema metroviário, automaticamente, as empresas acionam o Sistema Paese. Caso ocorra –esperamos que não e que até lá esteja tudo resolvido– será acionado o Paese", explicou o coordenador, que participou de coletiva de imprensa dos Comitês de Organização da Copa em São Paulo.

    No evento, ainda que São Paulo esteja passando por uma greve de metroviários, a vice-prefeita Nádia Campeão defendeu que o transporte de torcedores para o jogo de abertura seja feito preferencialmente por transporte sobre trilhos. Além do acesso pela linha 3-vermelha, os torcedores também poderão ir ao Itaquerão por meio do "Expresso da Copa", que sairá da Estação da Luz.

    A previsão do governo estadual é de que parta de quatro em quatro minutos um trem da estação da Luz ao Itaquerão.

    "O acesso prioritário é pelo sistema sobre trilhos, de acordo com o ingresso do torcedor", explicou a vice-prefeita, segundo a qual o acesso ao entorno do estádio será restrito a torcedores com ingressos, moradores e veículos credenciados.

    O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que está seguro sobre a entrega das obras prometidas e disse que espera que a greve termine até quinta-feira (12).

    "Nós estamos muito seguros que São Paulo fez aquilo que estava previsto. O que tinha de ser feito foi feito", afirmou. "Nós temos a expectativa de que a categoria (dos metroviários) compreenderá e vá refluir nesse movimento", acrescentou.

    Na manhã desta segunda-feira o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou que, caso a paralisação se estenda, o governo pedirá para a Fifa abrir os portões para o jogo de abertura do Mundial uma hora antes do previsto.

    A GREVE

    A três dias do início da Copa no Brasil, o Metrô de São Paulo continua funcionando parcialmente e o trânsito na capital paulista é intenso.

    Para pressionar pelo fim da paralisação dos metroviários, iniciada na quinta-feiro, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, anunciou na manhã desta segunda-feira (9) 61 demissões de metroviários grevistas. A empresa tem cerca de 9.000 funcionários. Segundo ele, "a greve deve acabar ainda esta noite".

    Das 61 estações, 34 funcionavam normalmente por volta das 11h30 desta segunda-feira (9). Além dessas, as seis estações da linha 4-amarela, operada pela iniciativa privada, funcionam normalmente.

    Os metroviários têm assembleia marcada para esta segunda-feira às 13 horas. Mais cedo, a Polícia Militar deteve 13 grevistas que faziam piquete na estação Ana Rosa.

    Editoria de Arte/Folhapress

    No início da manhã, manifestantes bloquearam a rua Vergueiro com barreiras de fogo. A PM usou bombas de efeito moral e balas de borracha para conter o protesto.

    Apesar de a Justiça considerar a greve abusiva, os metroviários de SP decidiram em assembleia no domingo (8) manter a paralisação.

    Neste domingo, os desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho também determinaram que o reajuste salarial dos trabalhadores deverá ser de 8,7%, índice oferecido pelo Metrô, ante inflação de 5,81%. Os metroviários pediam 12,2%.

    O último reajuste da categoria foi de 8% frente a um INPC de 7,2%, no ano passado. O piso atual é de R$ 1.323,55.

    O TRT determinou ainda uma multa de R$ 500 mil para cada novo dia parado, e de R$ 100 mil para os quatro dias anteriores ao julgamento.

    O Metrô conta com 9.475 funcionários, sendo 2/3 responsáveis diretos pela operação.

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