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    Metrô confirma demissão de 42 funcionários grevistas em São Paulo

    DE SÃO PAULO

    09/06/2014 20h18

    O Metrô de São Paulo afirmou que 42 funcionários foram demitidos nesta segunda-feira após a paralisação da categoria ter sido considerada abusiva. O sindicato dos metroviários tentou negociar com o governo estadual a revogação das demissões, como condição para a volta ao trabalho, mas o pedido foi rejeitado.

    O secretário de Transportes, Jurandir Fernandes, chegou a anunciar a demissão de 61 metroviários pela manhã, mas o número foi revisto. Segundo o Metrô, ele considerou as 42 demissões, mais as 19 pessoas que foram detidas durante uma confusão na estação Ana Rosa. Posteriormente, porém, foi confirmado que apenas 13 detidas eram metroviários.

    A empresa afirmou que esses funcionários levados à delegacia também serão demitidos, o que elevará o número de demitidos para 55.

    O Metrô disse que "a demissão por justa causa de empregados quando ocorrer uma das hipóteses previstas no artigo 482 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho)". O artigo aponta como justificativa para a demissão o abandono de emprego, ato de indisciplina, mau procedimento, entre outros.

    Segundo a Polícia Militar, os manifestantes impediram que trabalhadores dissidentes da greve trabalhassem. "Conversamos de 4h às 6h com os trabalhadores do metrô, mas eles se recusaram a sair. A partir das 6h10, quando quiseram sair, já não era mais possível, porque estava decidido que todos seriam fichados", afirmou o major Robson Cabanas.

    A estação estava fechada durante a confusão que teve inclusive uso de bombas de bombas de efeito moral por parte da polícia. O ato, então, seguiu para a rua Vergueiro, que foi liberada por volta das 6h30. Os detidos foram liberados após assinarem um termo circunstanciado (crime de menor gravidade), por paralisação de trabalho de interesse coletivo.

    O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que os 42 demitidos nesta segunda-feira, não foram exonerados apenas por causa da paralisação, mas também "em razão de outros fatos". Eles teriam histórico de atos de depredação.

    PARALISAÇÃO

    A Justiça determinou no domingo (8) que a greve dos metroviários, iniciada na última quinta-feira (5) é abusiva. Mesmo assim, a categoria decidiu manter a paralisação nesta segunda, quinto dia da paralisação.

    Por volta das 19h, estavam operando normalmente as linhas 2-verde, 4-amarela e 5-lilás, além de parte das linhas 1-azul e 3-vermelha. Ao todo, eram 50 estações operando de um total de 65, contando as da linha 4-amarela, que opera sob concessão.

    Também ficou definido na Justiça que o reajuste de 8,7% –mesmo percentual proposto pelo Metrô. Os metroviários pediam 12,2%. O último reajuste da categoria foi de 8% frente a um INPC de 7,2%, no ano passado. O piso atual é de R$ 1.323,55.

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