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    Greve faz fila do táxi em Cumbica demorar mais que voo SP-Rio

    INGRID FAGUNDEZ
    MARIANA BARBOSA
    RICARDO GALLO
    DE SÃO PAULO

    10/06/2014 02h00

    A greve dos metroviários em São Paulo deixou milhares de passageiros retidos no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), o maior do país.

    A fila do táxi chegou a levar uma hora e 20 minutos entre as 8h30 e 9h30, segundo a Guarucoop, cooperativa responsável pelo serviço. É mais do que o tempo de voo entre São Paulo e Rio –50 minutos, em média. A viagem de táxi a São Paulo não sai por menos de R$ 120.

    Quem tentava pegar o ônibus executivo (R$ 36,50) por volta de 12h30 era informado que os veículos rumo ao centro e à avenida Paulista estavam todos lotados até as 14h.

    A lotação foi reflexo da greve, segundo a EMTU, empresa do governo que administra o serviço. Isso porque houve migração de passageiros não atendidos pela linha que liga Cumbica à estação Tatuapé do metrô, mais barata que o ônibus executivo (R$ 4,45).

    A estação Tatuapé ficou fechada das 4h40 às 9h51. O ônibus executivo leva 2.500 pessoas por dia; o ônibus até o Tatuapé, 7.400.

    PÉRIPLO

    Se sair do aeroporto era um problema, chegar a São Paulo era outro. Sem metrô, os congestionamentos pararam a marginal Tietê e a rodovia Presidente Dutra, ligações entre o aeroporto e a capital. O pico de trânsito em São Paulo foi de 184 km, às 9h30, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego),

    De carro, passageiros levaram até três horas. De táxi, o trecho Cumbica-Pinheiros levou duas horas e 40, mas há relatos de viagens de até quatro horas, diz a Guarucoop.

    Como os táxis levavam mais tempo para chegar a São Paulo, o retorno a Cumbica demorava. Daí a espera dos passageiros, diz Edmilson Americano, presidente da cooperativa. A concessionária GRU Airport disse o mesmo. A situação se normalizou por volta das 10h30.

    Não foi só a greve. A rodovia Helio Smidt foi fechada para a seleção dos EUA passar, o que agravou o trânsito. Há 850 táxis no horário de pico. Nesse total está incluído, diz a Prefeitura de Guarulhos, 150 táxis de reforço.

    Os chilenos Carlos Soiza, 29, e Leonardo Escubar, 38, pretendiam conhecer São Paulo nas seis horas que tinham livre nesta segunda-feira (9) até pegar conexão para Cuiabá, onde a seleção do Chile estreará na Copa.

    Mas foram desaconselhados em razão do trânsito. Ambos chegaram a Cumbica perguntando se podiam pagar um guarda-malas em dólar (sim, era possível), se a cidade tinha praia (Como assim não tem praia? Que ponto turístico tem perto?) e se era perto do aeroporto.

    Como tinham pouco tempo, foram orientados por uma atendente a passear num Shopping de Guarulhos, a 12 km dali sugestão seguida.

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