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    Justiça eleva para R$ 3 mi bloqueio de bens de sindicato dos metroviários

    CLAUDIA ROLLI
    DE SÃO PAULO

    11/06/2014 13h36

    Com a ameaça de retomada de greve dos metroviários nesta quinta-feira (12), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo pediu o aumento no valor do bloqueio de bens e das contas do sindicato da categoria de R$ 900 mil para R$ 3 milhões.

    A informação de que a Justiça do Trabalho elevaria o valor do bloqueio foi antecipada ontem pela Folha e confirmada hoje pelo desembargador Rafael Edson Pugliese Ribeiro, que julgou no domingo (8) a greve da categoria, iniciada na quinta (5), na tentativa de fazer um acordo sobre as multas.

    "Inicialmente pedi adequação de valor para R$ 900 mil, mas agora diante desta ameaça de paralisar novamente o Metro amanhã (quinta-feira), estou reforçando o pedido de bloqueio para R$ 3 milhões", disse o desembargador.

    O bloqueio foi determinado pelo TRT para assegurar o pagamento de multas impostas ao sindicato após a greve ter sido julgada abusiva e pelo fato de a categoria não ter mantido 100% da frota operando nos horários de pico e 70% nos demais horários desde o início da paralisação.

    O valor já bloqueado (R$ 900 mil) inclui R$ 100 mil por dia de paralisação –foram quatro, no total– e R$ 500 mil por dia após o tribunal ter considerado a greve abusiva.

    Do sindicato dos engenheiros, também envolvido na paralisação, foram bloqueados R$ 400 mil –quantia referente aos quatro dias de greve.

    CONCILIAÇÃO

    O TRT recebeu dois pedidos dos sindicatos dos metroviários e engenheiros em relação a greve e multas aplicadas. Segundo Pugliese, os metroviários pediram para que o tribunal marque uma nova audiência de conciliação entre os trabalhadores e os representantes do Metrô para tentar solucionar o impasse.

    "Estou analisando a questão porque é difícil atender um pedido de quem não cumpre uma decisão judicial", disse Pugliese à Folha.

    Em relação aos engenheiros, o sindicato da categoria fez um pedido para parcelar a multa recebida, de R$ 400 mil, referentes aos quatro dias de paralisação, em 40 meses. "Vou analisar."

    Uma reunião foi marcada para as 15h desta quarta-feira (11) entre representantes dos metroviários e do Metrô na sede do Ministério Público do Trabalho para tentar resolver o impasse nas negociações.

    A categoria quer que os 42 funcionários demitidos na segunda (9) sejam readmitidos até esta quarta-feira (11), quando ocorrerá uma nova assembleia às 18h30.

    A Justiça definiu reajuste de 8,7%, mesmo percentual proposto pelo Metrô. Os metroviários pediam 12,2%. O último reajuste da categoria foi de 8% ante INPC de 7,2%, em 2013. O piso atual é de R$ 1.323,55.

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