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    Justiça apreende computadores na Eletrobrás por perfis de Aécio na rede

    DANIELA LIMA
    ALEXANDRE ARAGÃO
    DE SÃO PAULO

    11/06/2014 16h19

    A Justiça determinou nesta quarta-feira (11) a apreensão de computadores em um prédio da Eletrobrás após pedido feito pelo MPE (Ministério Público do Estado) do Rio de Janeiro, que investiga o uso dos equipamentos na criação de perfis com ofensas ao pré-candidato à Presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG).

    Outros mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pelo Ministério Público fluminense, mas detalhes não foram divulgados a pedido do promotor responsável pelo caso, para não atrapalhar as diligências.

    Os MPs do Rio e de São Paulo abriram investigações, também nesta quarta (11), para apurar o uso de pessoal e infraestrutura públicos em ataques a Aécio pela internet.

    O caso da Eletrobrás, revelado pela revista "Veja" em abril, diz respeito a uma tática chamada "spam de comentários", que tem como objetivo fazer com que os sistemas de busca na internet, como o Google, associem automaticamente o nome dos políticos aos termos pejorativos utilizados pelos detratores.

    O procurador-geral de São Paulo determinou à Promotoria de Guarulhos que investigue a utilização de equipamentos e servidores da prefeitura para a criação de perfis falsos em redes sociais que vinculavam o senador a hábitos como o consumo abusivo de álcool.

    Já o chefe do Ministério Público do Rio determinou a abertura de procedimento investigatório contra perfis que disseminavam, com a ajuda de robôs, comentários ligando o nome de Aécio a desvio de verbas.

    Esses mesmos perfis utilizaram o mesmo expediente para vincular o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e o prefeito carioca, Eduardo Paes (PMDB), a milícias e ao consumo de drogas.

    Ambos os casos foram revelados pela Folha, a partir de documentos anexados a processos que correm na Justiça paulista -um deles, sob sigilo.

    "É extremamente importante o que houve, porque agora o Ministério Público assume a responsabilidade de investigar essas quadrilhas virtuais", disse o deputado federal Carlos Sampaio, coordenador jurídico da pré-campanha de Aécio.

    Na terça-feira (10), O TCE (Tribunal de Contas do Estado) paulista determinou que o contrato entre a Prefeitura de Guarulhos e a PG Comunicação, empresa responsável pelas peças de publicidade do município, é irregular. A prefeitura espera a publicação do acórdão para recorrer.

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