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    Oposição leva pizza para o depoimento de Graça Foster na CPI mista

    MATHEUS LEITÃO
    DE BRASÍLIA

    11/06/2014 18h26

    A oposição levou uma pizza ao depoimento da presidente da Petrobras, Graça Foster, que acontece nesta quarta-feira (11) na CPI mista da Petrobras ironizando o excessivo número de perguntas do relator da CPI, Marco Maia (PT-RS), que pertence a base governista.

    Até o momento, a sessão dura quase quatro horas e o relator já faz perguntas há mais de duas. Acusando o relator de blindar a presidente da Petrobras com "perguntas velhas", Fernando Francischini (SDD-PR), trouxe a pizza para sessão com os dizeres "CPMI - Pizza Sabor Petróleo" na embalagem.

    Aos jornalistas, Francischini afirmou que era "em homenagem a base governista estar assando a pizza do petróleo". "[Marco] Maia é o pizzaiolo da corrupção", disse o deputado.

    Alan Marques/Folhapress
    Oposição deixa pizza na bancada do plenário da CPI mista onde Graça Foster, presta depoimento
    Oposição deixa pizza na bancada do plenário da CPI mista onde Graça Foster, presta depoimento

    De acordo com Francischini, o verdadeiro sabor da pizza era mozarela. Segundo ele, outros parlamentares saborearam a pizza, como Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) e Domingos Dutra (SDD-MA).

    Antes da Pizza, o presidente da CPI, Vital do Regô (PMDB-PB), havia distribuído barras de cereais aos parlamentares alegando que após quatro horas era preciso alimenta-los. "Entre a barrinha do presidente e a pizza do Francischini, fiquei com a pizza. Não foi protesto, mas fome mesmo", disse o Lima.

    Mais cedo Maia foi alvo de chacotas da oposição após as primeiras perguntas dirigidas à presidente da Petrobras. Ele perguntou se a companhia estava preparada para os desafios do setor nos próximos anos e a qual era a data de inauguração da última refinaria construída pela Petrobras.

    Francischini chegou a afirmar que a CPI mista "estava passando vergonha no Brasil inteiro". O vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, questionou se tratava de "prova do Enem".

    O presidente da CPI mista, Vital do Rego (PMDB-PB), interrompeu os colegas para dizer que o relator tinha direito de fazer as perguntas e que seriam 139.

    Maia defendeu-se das acusações afirmando que, como relator, tem que fazer o maior número de perguntas. "Na tentativa de aparecer na mídia tenta manchar um trabalho sério. Isso não é lugar para moleques e palhaços", afirmou.

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