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    Após ter bens apreendidos, produtora nega ligação com perfis falsos de Aécio

    ALEXANDRE ARAGÃO
    DE SÃO PAULO

    11/06/2014 20h35

    Após ter o computador apreendido, a produtora de televisão Rebeca Mafra negou que tenha vínculo com a publicação de ofensas ao pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG).

    O MPE (Ministério Público do Estado) do Rio de Janeiro realizou diligência nesta quarta-feira (11) na casa de Rebeca e apreendeu também um smartphone e dois discos rígidos, além de CDs e pendrives. "Vejo isso como algo muito aleatório na minha vida", afirmou ela à Folha, por telefone.

    "Eu não sou uma ativista de internet, não costumo me manifestar politicamente. Nunca falei mal de nenhum candidato, não só do Aécio como de nenhum outro", disse.

    O endereço do apartamento da produtora, no centro do Rio, consta em documento fornecido à Justiça paulista por uma companhia telefônica, em processo movido por Aécio Neves e que corre sob sigilo. De acordo com a listagem, foi dali que partiram alguns dos ataques ao senador. Os autos do processo sugerem que mensagens relacionando Aécio ao consumo de drogas eram reproduzidas automaticamente em diferentes endereços.

    Questionada se outra pessoa pode ter usado sua conexão de internet para publicar as ofensas, Rebeca não soube dizer. "Não entendo muito de internet, podem ter roubado minha senha."

    O MPE fluminense também cumpriu mandado de busca e apreensão no prédio da Eletrobrás, apontado como outra fonte dos ataques. No entanto, o órgão afirma que não pode especificar quantas diligências foram realizadas e quantas estão por realizar, para não atrapalhar a investigação.

    Nos documentos anexados ao processo, há outros dois endereços no centro do Rio de Janeiro apontados como locais utilizados para atacar Aécio na web.

    Os advogados que defendem o senador sustentam a partir dos documentos que conseguiram judicialmente que há uma "quadrilha" organizada para difamá-lo na internet.

    "No mandado que recebi, há os nomes de três ou quatro outras pessoas que não sei quem são, que nunca vi na vida", diz Rebeca.

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