Um grupo de "black blocs" aproveitou a manifestação dos metroviários na rua Serra de Japi, no Tatuapé, na zona leste da cidade, e inciou uma série de depredações na região.
Mascarados, eles arrancaram postes e sinalização de trânsito, queimaram lixo que encontraram pelas ruas e atingiram veículos estacionados no local com madeira e pontapés.
A Tropa de Choque interveio, lançou bombas de gás sobre o grupo e deteve alguns dos manifestantes. Ainda não há informações de quantas pessoas foram retiradas do lugar pela PM.
A PM isola totalmente o acesso deles à avenida Radial Leste, principal caminho viário para o estádio Itaquerão. A cinco horas do início da partida entre Brasil e Croácia, a situação ainda é tensa no bairro.
O sindicato dos metroviários, que iniciou uma manifestação na região, se afastou dos "black blocs".A manifestação está sendo transmitida ao vivo pela CNN, para todo o mundo, e pela a agência Reuters.
Mais cedo, por volta das 11h, dois profissionais da CNN, um auxiliar do SBT e dois estudantes ficaram feridos durante um confronto com manifestantes anti-Copa perto da estação Carrão do metrô também na zona leste.
METROVIÁRIOS
Antes da 'invasão' dos "black blocs", metroviários protestavam em frente à sede do sindicato da categoria, no Tatuapé, zona leste de São Paulo. Sindicalistas estimam que haja 4.000 pessoas no local.
Eles pediam a readmissão dos 42 trabalhadores demitidos por justa causa pelo governo Alckmin (PSDB), em função da greve da categoria que terminou após assembleia na quarta-feira.
Eles fechavam a rua Serra de Japi com faixas e cartazes. Um carro de som reiterava, com frequência, que o protesto é pacífico. O presidente do sindicato dos metroviários, Altino Prazeres, afirmou que o ato não iria deixar o lugar.
A Tropa de Choque bloqueou o acesso à Radial Leste, por onde eles pretendiam seguir em direção ao Itaquerão.
Desde quarta-feira, a ideia da direção do sindicato era chegar o mais próximo possível do estádio, mas sem causar confronto com a polícia, caso houvesse bloqueio.
A Força Tática está presente no local, com escudos, espingardas de balas de borracha e bombas de gás. Nenhuma até agora foi disparada.
Centrais sindicais, como a CSP-Conlutas, além de estudantes, integravam o protesto também. Defensores públicos também distribuíam cartilha com direitos dos manifestantes e contatos da Defensoria Pública, caso aconteça embate com policiais.
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