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    Brasil e Chile vão trocar dados sobre ditadura nos dois países

    TAI NALON
    DE BRASÍLIA

    13/06/2014 02h00

    A presidente Dilma Rousseff recebeu, nesta quinta-feira (12) no Palácio do Planalto, a presidente do Chile, Michelle Bachelet. Elas assinaram acordo para intercâmbio de informações sobre violações de direitos humanos durante a ditadura militar nos dois países.

    Segundo o Itamaraty, o memorando contribuirá para as investigações da Comissão Nacional da Verdade, que apura violações de direitos humanos durante a ditadura. Os detalhes do acordo com o Chile não foram divulgados.

    A colaboração pode ajudar no esclarecimento da chamada Operação Condor, a aliança entre as ditaduras do Cone Sul (Brasil, Chile, Argentina e Uruguai) para prender e matar opositores no exterior.

    Pedro Ladeira/Folhapress
    a Presidente Dilma Rousseff (dir.) recebe a presidente do Chile, Michelle Bachelet, no Palácio do Planalto, em Brasília
    A presidente Dilma Rousseff (dir.) recebe a presidente do Chile, Michelle Bachelet, em Brasília

    Essa foi a primeira visita de Bachelet ao Brasil desde a sua posse, no início do ano.

    "Quero dizer que eu e a Bachelet estamos muito felizes com a assinatura, porque, como ela disse, 'nós somos testemunhas vivas desse processo'", disse Dilma.

    Ambas as presidentes, que militaram em movimentos de esquerda na juventude, foram presas e torturadas por agentes repressores das respectivas ditaduras militares do Brasil (1964-1985) e do Chile (1973-1990).

    Também foi assinado acordo entre a Confederação Nacional da Indústria e a Sociedade de Fomento Fabril para desenvolvimento de estratégias de infraestrutura e logística, com vistas ao crescimento do comércio bilateral.

    Não houve declaração formal à imprensa.

    Depois do encontro, ambas foram para São Paulo para a abertura da Copa. Em cerca de 60 minutos de encontro, Dilma e Bachelet conversaram sobre o Mundial.

    A chilena disse que mil carros atravessaram a Cordilheira dos Andes em direção ao Brasil para o evento e afirmou que espera não ter de enfrentar a seleção brasileira caso o Chile passe da primeira fase.

    Dilma, por sua vez, comentou que o Chile pegou uma chave difícil no torneio –o país, que está no grupo B, tem como adversários Holanda, Espanha e Austrália.

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