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    Empatado com Campos, Pastor Everaldo defende Estado mínimo

    RANIER BRAGON
    NATUZA NERY
    DE BRASÍLIA

    14/06/2014 02h00

    Everaldo Dias Pereira, 58, ou Pastor Everaldo (como se tornou conhecido), nasceu em casa, no Rio, em meio a um culto evangélico, e teve a avó, também evangélica, como parteira. Foi camelô, servente de pedreiro, office boy, corretor de seguros e, hoje, mesmo não tendo nunca se candidatado nem a vereador, afirma que será o próximo presidente da República.

    O pré-candidato do PSC (Partido Social Cristão) à Presidência terá o nome confirmado neste sábado (14), em convenção do partido em São Paulo. "Acredito em milagres", disse, sobre sua afirmação de que subirá a rampa do Planalto em janeiro.

    O pastor conseguiu se descolar um pouco do bloco dos nanicos após o ex-governador Eduardo Campos (PSB) sofrer uma queda na mais recente pesquisa do Datafolha e, com 7% das intenções de voto, empatar tecnicamente com ele, que tem 4%.

    Alan Marques/Folhapress
    Everaldo Dias Pereira, 58, ou Pastor Everaldo, candidato do PSC à Presidência da República
    Everaldo Dias Pereira, 58, ou Pastor Everaldo, candidato do PSC à Presidência da República

    Pastor da Assembleia de Deus –do Ministério Madureira, um dos ramos da igreja pentecostal–, casado com a cantora gospel Ester Batista e pai de três filhos, Everaldo diz que irá se diferenciar de todos os outros candidatos por defender valores da família e um Estado mínimo.

    "Vamos cortar na carne, apenas o Estado necessário, passando para a iniciativa privada aquilo que o Estado não tem que meter a mão."

    Apesar de defender o "corte na carne", com a redução à metade do número de ministérios, é lacônico quando solicitado a dizer o que enxugará. Na lista cita o Ministério das Relações Institucionais e a venda à iniciativa privada da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

    PARTIDO

    O PSC tem 12 deputados federais e um senador. Na propaganda eleitoral na TV, o partido terá cerca de 1 minuto e 20 segundos em cada bloco. Dilma Rousseff (PT) deve ter mais de 12 minutos.

    O partido apoiou Dilma em 2010, mas resolveu se distanciar do governo no início, por não ter sido contemplado com um ministério.

    O pastor diz que "o ministério, se acontecesse, era para pagar um acordo feito para a campanha que ganhamos", mas diz que houve outros motivos. Entre eles, a suposta quebra de promessa de Dilma aos evangélicos de não estimular mudanças em legislações como a do aborto.

    Ao aderir a Dilma em 2010, o PSC também negociava com José Serra (PSDB). Soube-se depois que recebeu doação do PT de R$ 4,7 milhões. O pastor nega que o acerto tenha envolvido dinheiro.

    Everaldo milita na política desde os anos 80, tendo sido um dos coordenadores da campanha à Presidência do também evangélico Anthony Garotinho, em 2002.

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