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    Após 10 anos, órgão federal só repatriou R$ 34 mi ao Brasil

    SEVERINO MOTTA
    DE BRASÍLIA

    15/06/2014 02h00

    O órgão federal criado para coordenar esforços de recuperação de dinheiro desviado ao exterior comemorou em maio dez anos de existência com números modestos.

    Ao longo desse período, o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional) conseguiu repatriar R$ 34,2 milhões, um valor inferior aos R$ 41 milhões de reais que gastou até agora só com a implantação de sua rede de laboratórios de tecnologia.

    Como o departamento é subordinado à Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça, não é possível saber o custo do órgão ao erário. O ministério não revela quantos servidores atuam no setor nem seu orçamento.

    Segundo o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, a dificuldade para repatriar recursos ilícitos resulta da morosidade da Justiça. De acordo com ele, o sistema de recursos judiciais no país impede que processos cheguem ao fim, e a conclusão das ações é a exigência mais comum dos outros países antes de autorizar o envio de dinheiro de volta ao Brasil.

    Apesar da pequena repatriação efetiva, Abrão diz que o departamento não pode ser medido somente pelo volume de recursos que consegue trazer de volta ao Brasil. Ele cita, por exemplo, a atuação do DRCI na repatriação de bens culturais e históricos, como obras de arte.

    No início de maio, Abrão esteve em Nova York para receber o o quadro "Composition abstraite", de Serge Poliakoff, pintor russo modernista radicado na França. A obra, de valor estimado de U$ 400 mil, foi recuperada da coleção de Edemar Cid Ferreira, administrador do Banco Santos.

    Editoria de Arte/Folhapress

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