No enunciado da agência Reuters para reportagem especial de dez jornalistas: "Brasil entra no ritmo da Copa conforme protestos se acalmam". É efeito da "ação dramática em campo" e dos torcedores que chegaram e, brincou um australiano, acharam o hotel de pé.

Do "Washington Post" : "Os gringos chegaram e, com ressalvas, parecem gostar do que veem".

Jornalistas estrangeiros postaram elogios à infraestrutura e ao futebol e foram atacados. "Pelo jeito, o novo campo de batalha da política brasileira são as minhas menções", ironizou Jason Davis, da ESPN, após receber 1.300 retuítes. O Yahoo News fez um levantamento dos tuítes e intitulou "Brasil 2014 já está a caminho de ser melhor Copa de todos os tempos".

De Gary Lineker, ídolo inglês e âncora da BBC: "Todos os jogos têm sido formidáveis. Se até a Suíça conseguiu divertir, será realmente um torneio infernal".

Endinheirados
Um dos poucos veículos que trataram dos xingamentos à presidente Dilma, a "Economist" anotou que ela deve ter "suspirado aliviada", pois "os paulistanos endinheirados que podiam esbanjar até milhares de dólares nos ingressos não são exatamente o eleitorado natural de seu Partido dos Trabalhadores". A Al Jazeera foi pelo mesmo caminho.

Copa ajuda
A consultoria Zenith Optimedia divulgou relatório prevendo que o mercado mundial de publicidade crescerá 5,4% neste ano, alcançando US$ 524 bilhões, "ajudado pela Copa do Mundo", no enunciado da Reuters. E a eMarketer postou estudo prevendo que "Copa ajuda publicidade digital no Brasil a saltar 28%" também neste ano.

Militarismo
Continua ecoando a violência da polícia. O "Observer" deu que, apesar da prisão de ativistas e "jornalistas cidadãos", os protestos se fizeram ouvir, através de "vários coletivos" agora vertidos ao inglês, como Ninja e Carranca. No "Guardian", prosseguem "os abusos dos direitos humanos e o militarismo da polícia" 25 anos após a ditadura.

"Demarcação Já"
Saiu primeiro na página de uma entidade guarani no Facebook e depois por "Le Monde", "Der Spiegel", "BuzzFeed" : a "estranha omissão televisiva" do protesto de um índio de 13 anos, na cerimônia de abertura.

	Luiz Pires/CGY
	Índio de 13 anos protesta durante abertura da Copa, no Itaquerão