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    Partidos escalam tropa jurídica para blindar candidatos

    ANDRÉIA SADI
    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA
    DANIELA LIMA
    DE SÃO PAULO

    18/06/2014 02h00

    Prevendo uma guerra acirrada com troca de acusações nas redes sociais e na TV durante a disputa eleitoral, as principais equipes presidenciais escalaram verdadeiras tropas de choque jurídicas para blindar os candidatos Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

    A Folha apurou com advogados que o PT gastará pouco mais de R$ 2 milhões com a contratação de profissionais que farão a linha de frente da petista nesse campo.

    Pela primeira vez, o partido terá um setor voltado às redes sociais, sob responsabilidade de Marcelo Bulgueroni, doutor em direito internacional. Com o apoio jurídico, a campanha quer identificar perfis falsos usados para difamar candidatos.

    "Queremos zelar para que as pessoas possam se expressar, mas barrar comportamentos inadequados", diz Bulgueroni.

    Na área penal da equipe jurídica do PT atuará o advogado Pierpaolo Bottini, que também cuidará do setor na campanha de Alexandre Padilha ao governo de São Paulo. Ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Arnaldo Versiani atuará com o advogado Gustavo Sereno em questões eleitorais junto aos tribunais superiores.

    A campanha também terá um responsável pela área cível e procura um outro profissional para tratar de temas relacionados a improbidade administrativa.

    Secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, Flávio Caetano é o escolhido da campanha para coordenação geral do jurídico, mas ele ainda não bateu o martelo.

    Braço direito do ministro José Eduardo Cardozo, a ex-secretária-executiva da Justiça Márcia Pelegrino deixou a pasta na semana passada para também integrar a coordenação do grupo.

    PSDB

    Para monitorar a guerra digital, a campanha de Aécio Neves contratou o principal escritório de direito na área do país, o OpiceBlum.

    Só nesse escritório, 27 advogados estão escalados para acompanhar os casos do tucano, além de dois dos principais sócios da equipe, Renato Opice Blum e Juliana Abrusio. Esse time toca processos de Aécio contra detratores na internet.

    A Folha noticiou alguns dos casos, inclusive ações que correm em segredo de Justiça. Elas têm como alvo principal perfis falsos que disseminam comentários que vinculam o senador a álcool e drogas nas redes sociais.

    O coordenador jurídico da campanha tucana, Carlos Sampaio (SP), chamou três ex-ministros do TSE para a equipe: Carlos Eduardo Caputo, Marcelo Ribeiro e José Eduardo Alckmin.

    José Roberto Santoro, que já foi subprocurador-geral da República, vai auxiliar Aécio nas esferas criminal e de improbidade administrativa. Não há estimativa de custos, segundo Sampaio.

    O PSB fechou há alguns meses contrato com o escritório em que atua Ricardo Penteado, especialista em legislação eleitoral e que advogou para José Serra (PSDB) na campanha presidencial de 2010. A Folha apurou que os valores giram em torno de R$ 2 milhões.

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