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    Popularidade de Dilma cai de 36% para 31%, aponta CNI/Ibope

    RENATA AGOSTINI
    DE BRASÍLIA

    19/06/2014 10h10

    A popularidade da presidente Dilma Rousseff caiu em junho em relação ao mês de março, aponta pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira (19).

    O percentual da população que avalia o governo Dilma como ótimo ou bom recuou cinco pontos percentuais, passando de 36% para 31%. Já o percentual dos que consideram seu mandato ruim ou péssimo cresceu de 27% para 33%.

    A maior parte dos entrevistados afirmou não confiar na presidente, o que não ocorria desde julho do ano passado. O percentual dos que não confiam ficou em 52%, frente aos 47% registrados na última pesquisa. Do lado dos que dizem confiar, a redução foi de sete pontos percentuais, de 48% para 41%.

    Houve queda ainda no percentual da população que aprova a forma de Dilma governar. Em junho, o índice recuou para 44% ante 51% registrado em março, quando os indicadores de popularidade e aprovação da presidente já haviam recuado frente a pesquisa feita em novembro de 2013.

    A pesquisa foi realizada após a abertura da Copa do Mundo em São Paulo. Durante a partida inaugural do campeonato, no dia 12 de junho, Dilma foi alvo de vaias e xingamentos da torcida no estádio Itaquerão. O coro "ei, Dilma, vai tomar no c..." começou na ala VIP do estádio, mas se espalhou.

    Contrariando o discurso público e privado do governo, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou nesta quarta-feira (18) que os xingamentos contra Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo não partiram só "da elite branca".

    Segundo Carvalho, a avaliação de que a gestão petista é corrupta "pegou", percepção que, partindo das classes alta e média, vem "gotejando" no setor mais pobre da população.

    A pesquisa CNI/Ibope foi realizada entre os dias 13 e 15 deste mês e entrevistou 2.002 pessoas em 142 municípios no país. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) sob o número BR-00171/2014. Esta é a segunda pesquisa do ano. Ao todo, serão quatro.

    POPULARIDADE

    Os entrevistados da região Nordeste foram os que melhor avaliaram o governo de Dilma: 42% disseram considerá-lo ótimo ou bom. A queda na avaliação do governo foi maior nas regiões Sul, onde caiu 11 pontos percentuais, e na região Norte/Centro-Oeste, onde recuou 10 pontos percentuais.

    A pesquisa nota que quanto maior o grau de escolaridade do entrevistado, menor é o percentual dos que indicam o governo da presidente como ótimo ou bom.

    Segundo a CNI, entre os entrevistados com educação superior, o percentual é de 22%. Já entre os que estudaram até a 4ª Série da Educação Fundamental, a avaliação de ótimo ou bom passa para 44%.

    A popularidade da presidente Dilma, hoje em 31%, já esteve em 63% em março de 2013. Após as manifestações de junho do ano passado, houve uma queda expressiva no percentual de pessoas que avaliavam seu governo como ótimo ou bom. No final de 2013, este índice subiu, mas agora voltou ao patamar registrado imediatamente após os protestos.

    Editoria de Arte/Folhapress

    SAÚDE EM BAIXA

    A pesquisa mediu a aprovação da população em relação às políticas públicas implementadas em nove áreas, como educação, saúde, combate à fome e segurança pública. Em todas elas, nota a CNI, o percentual de desaprovação supera o de aprovação.

    Na última pesquisa, de março, o combate à fome e à pobreza ainda matinha percentual maior de aprovação. Agora, contudo, 53% disseram desaprovar a atuação do governo Dilma nesta área.

    A área de saúde foi a que apresentou maior índice de desaprovação: 78% disseram desaprovar a atuação de Dilma no segmento.

    Ela foi seguida por impostos (77% de desaprovação), segurança pública (75%), combate à inflação (71%), taxa de juros (70%), educação (67%), combate ao desemprego (57%), combate á fome e á pobreza (53%) e meio ambiente (52%).

    LULA

    Entre os entrevistados, 45% disseram que Dilma faz um governo pior que Lula, 44% afirmaram que os dois são iguais e 9% que o atual governo é melhor.

    As oscilações dos percentuais em relação à pesquisa anterior estão dentro da margem de erro - de dois pontos para mais ou para menos -, por isso, nota a pesquisa, não há mudança significativa no indicador.

    INTENÇÃO DE VOTO

    Apesar da queda na confiança, Dilma continua liderando as intenções de voto para a corrida presidencial, aponta a pesquisa. Dos entrevistados, 39% afirmaram que votariam na presidente. O senador Aécio Neves (PSDB) foi apontado por 21% e o ex-governador Eduardo Campos (PSB) por 10%.

    A pesquisa CNI/Ibope realizada em março não trouxe a intenção de voto da população, por isso, não é possível comparar os resultados apurados no levantamento de junho.

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