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    Presidente do PT ataca imprensa e militantes gritam 'mídia fascista'

    ANDRÉIA SADI
    TAI NALON
    VALDO CRUZ
    NATUZA NERY
    DE BRASÍLIA

    21/06/2014 12h16

    O presidente nacional do PT, Rui Falcão, primeiro a discursar na convenção nacional do PT, enfatizou neste sábado (21) críticas à imprensa, defendeu a regulação da mídia e atacou opositores da "direita", a quem chamou de "neoliberais da herança maldita".

    Disse que enfrentaram um "ataque feroz dos que desejam o retorno ao passado" e que a ofensiva agora aumentou. "Juntaram-se em bloco à direita de sempre, hostil e truculenta, os neoliberais da herança maldita (...) e no papel de porta-voz o oligopólio da mídia, que golpeia, falseia, manipula, distorce, censura e suprime fatos no intento de nos derrotar".

    A convenção marcará o lançamento da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff ao Planalto. Num evento com ares "high-tech" —telão de LED, sistema de som sofisticado e trilha sonora épica—, candidatos aos governos estaduais e a própria Dilma foram apresentados como "construtores do futuro".

    Durante o discurso do presidente do PT, a plateia, majoritariamente composta de militantes, entoou cantos de "mídia fascista, sensacionalista". A militância também criticou a TV Globo, com gritos de "o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo".

    Falcão classificou a imprensa de "arautos do pessimismo, do fracasso, do mau-humor". Disse também que "[eles] jogam na torcida do contra, do quanto pior melhor, esperando ganhar votos com a desinformação a expectativa de notícias negativas".

    O presidente do PT disse ainda que o partido mostrará durante a campanha de Dilma Rousseff "tudo que fizemos" e que a legenda insistirá em confrontar os dois projetos de país.

    "Como temos dito no PT e é sempre bom repetir: já vencemos o medo com a esperança. Agora, vamos renovar as esperanças do povo para vencer o ódio, o rancor, o preconceito, o racismo, a violência, o machismo, a homofobia, o fundamentalismo. Vamos derrotar novamente os que se escudam nestas posturas discriminatórias por não se conformarem com a perda de privilégios acumulados e com a participação da cidadania nas decisões do País", disse.

    Falcão falou também da reforma política e pediu à plateia que tragam de volta "o entusiasmo e a paixão da campanha de 1989."

    MUDANÇA

    Segundo auxiliares de Dilma, o tom do discurso da presidente será de "mudança com continuidade", sob o argumento de que a transformação começou em 2003.

    As realizações dos últimos quatro anos devem ser exaltadas, sempre inserindo o período no contexto dos "12 anos petistas", sem quebrar o elo com Lula.

    O PT irá argumentar que a mudança defendida pelos principais candidatos de oposição, o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB), representa retrocesso, com ameaça a programas sociais e ao valor do salário mínimo.

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