• Poder

    Friday, 17-May-2024 02:19:40 -03
    [an error occurred while processing this directive]

    Aliado de Dilma, Pezão abre palanque do PMDB do Rio para Aécio Neves

    ADRIANO BARCELOS
    DO RIO

    23/06/2014 13h09

    O PMDB do Rio confirmou a adesão de PSDB, PPS e DEM na coligação em prol da reeleição do governador Luiz Fernando Pezão, permitindo abertura do espaço para que o ex-prefeito da capital e atual vereador Cesar Maia (DEM) seja o candidato ao Senado na chapa. Com o rearranjo, o ex-governador Sérgio Cabral desistiu de disputar o Senado.

    A coletiva de imprensa que formalizou o anúncio contou com a presença de Pezão, além dos líderes dos partidos envolvidos e de Maia.

    No âmbito nacional, o PMDB apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), mas no Estado do Rio o partido já vinha se distanciando dos petistas desde quando o senador Lindbergh Farias anunciou que abandonaria a coligação e disputaria o governo do Estado.

    A partir de então, o presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, veio impulsionando uma parceria local com os adversários do Planalto – personalizada na chapa "Aezão", uma forma de pregar o voto combinado em Pezão e Aécio Neves, que disputa a Presidência.

    O governador Pezão tinha como conduta o distanciamento da candidatura de Aécio, evitava aparecer nos atos do "Aezão" e era apontado como o sustentáculo de Dilma no PMDB do Rio. Mas isso mudou, ele disse que com a inclusão de DEM, PPS e PMDB na coligação, não há mais nenhuma deferência especial a Dilma.

    "Meu palanque no Rio de Janeiro vai ser com os três candidatos", destacou Pezão, mencionando também o pastor Everaldo, que disputará a Presidência pelo PSC, que compõe a chapa.

    "Não fomos nós que rompemos a aliança. O PT participou do governo durante sete anos e três meses. Antes, tinha duas prefeituras. Agora, tem onze. Tem o vice-prefeito da cidade do Rio. Tem um senador eleito na nossa aliança (Lindbergh), rompeu a aliança e abriu essa possibilidade ter outros palanques", afirmou Pezão, reproduzindo o discurso adotado por Picciani.

    Carlos Magno/Divulgação
    Dilma, ao lado do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e de um aluno do Pronatec
    Dilma, ao lado do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e de um aluno do Pronatec

    CESAR MAIA

    O ingresso de Cesar Maia na chapa foi costurado por Aécio Neves. O ex-prefeito disse que foi convencido pelo mineiro, a quem comparou ao avô Tancredo Neves pelo talento para mediação. Maia relatou o bastidor da decisão e afirmou que o convite, formalizado no apartamento de Aécio no Rio, foi aceito em "10 segundos".

    À imprensa, Maia distribuiu uma nota em que enumera cinco fatores que o levaram a desistir de disputar o governo do Estado com Pezão e aliar-se a ele, como postulante ao Senado. Entre os fatores, estão a questão nacional (apoiar Aécio), o quadro local (coligação entre PSB e PT para a eleição de Lindbergh Farias) e projetos enviados pelo governador Pezão para reajuste de várias categorias de servidores públicos - base eleitoral importante para Maia.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024