"Alguém dá R$ 50 nessa vuvuzela?" O apelo foi disparado em tom de brincadeira pelo candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), durante o jogo disputado entre as seleções de Brasil e Camarões.

Nada, no entanto, continha a pequena Dominique. Cabelos com maria-chiquinha, a filha de cinco anos do presidente da Força Sindical, Miguel Torres, atormentou o mineiro durante a partida, nesta segunda-feira (23).

Torres foi o anfitrião da festa que a Força preparou para Aécio assistir ao jogo da seleção, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Paulo.

	Igo Estrela/PSDB
	Aécio Neves e a menina Dominique (ao fundo) assistem ao jogo entre as seleções de Brasil e Camarões

De frente para o telão, o tucano tentou se portar como um torcedor comum. "Precisa de meio-campo, né", disse, quando o Brasil empatava por 1 a 1. Durante a partida, comeu dois saquinhos de pipoca e churrasquinho de carne e de linguiça –deste tentou secar o excesso de gordura com um guardanapo.

"Vai Fred! Caramba, esse era o seu", lamentou quando o camisa 9 perdeu uma chance de marcar. "Ele é da terra do meu pai. É meu amigo."

Aos quatro minutos do segundo tempo, Fred fez o gol. Entre uma previsão e outra –Aécio acertou o placar–, falava de política com o principal representante da Força, o deputado Paulo Pereira da Silva, presidente do Solidariedade, sigla que o apoia.

"A jogada lá do Rio ninguém esperava", comentou o deputado, numa referência ao apoio que o PMDB dará ao senador. Aécio sorriu.

A única coisa que o distraía era Dominique. Ainda no primeiro tempo, Aécio fitou a menina, que estava a duas cadeiras, apertou os olhos e fez biquinho. Ela assoprou a vuvuzela com vontade. "Não deu certo", constatou.
No segundo tempo, quando soube que o anfitrião era o pai da menina, deu a batalha por perdida. "Ela é filha do presidente? Deixa ela tocar, então."