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    'Esperteza tem vida curta', diz Dilma após problemas com PTB

    TAI NALON
    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    25/06/2014 14h23

    Após ter a pré-candidatura abandonada pelo PTB e negociar com o PR sua permanência na aliança na corrida à reeleição, a presidente Dilma Rousseff atacou nesta quarta-feira (25), sem citar nomes ou legendas, quem entra em acordos por "conveniências" e não por "convicções". "Tem uma espécie de esperteza que tem vida curta", disparou.

    Ela disse, em claro recado às siglas que abandonaram seu projeto de reeleição, que "lealdade é uma das bases da política feita com grandeza". "Não é subordinação cega. É confiança mútua. É respeito próprio e pelo outro. É zelo rigoroso pela palavra dada e empenhada. Engana-se quem defende a tese que não há compatibilidade entre a lealdade e a política."

    "Tem uma espécie de esperteza que tem vida curta. A política que aprendi a praticar ao longo da vida, desde a minha juventude, que me levou inclusive à prisão, ela implica em construir relações que sejam baseadas, como disse muito bem o Guilherme Afif [ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa], não em conveniências mas em convicções", continuou.

    "Acredito que nós, na vida política, não podemos prescindir do compromisso com a verdade, com a ética, com o sentimento de parceria, com a solidariedade, com o respeito. por isso, eu fico muito feliz e me sinto muito bem de estar aqui entre vocês", disse ainda.

    Dilma compareceu no início da tarde desta quarta à convenção nacional do PSD, que formalizou apoio à sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. É a quarta legenda que fecha com a pré-candidata do PT com vistas à eleição deste ano.

    A decisão foi apoiada por 108 (95%) dos 114 convencionais que votaram. Com isso, Dilma caminha para ter cerca de 45% no tempo de propaganda eleitoral na TV, que é principal instrumento das campanhas políticas. Projeta-se que ela tenha 11min25s em cada bloco de 25 minutos.

    A presidente destacou a participação do ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, na composição de sua rede de apoio. O mesmo PSD elogiado nesta quarta por Dilma, entrentanto, nos últimos tempos manteve conversas com Aécio Neves (PSDB), principal adversário hoje da petista. Em São Paulo, a cúpula da sigla tentou emplacar Kassab vice de Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições estaduais deste ano.

    "O Kassab é um homem que, ao mesmo tempo em que defende as suas posições, é sério nos seus compromissos e leal em suas atitudes. É um homem de palavra e é muito importante honrar a palavra empenhada e cumprir compromissos assumidos na política. Cumprir compromissos é absolutamente inegociável na atividade política", disse.

    COPA E CAMPANHA

    Da mesma forma que usou a Copa na última terça-feira, na convenção do Pros, para capitalizar as realizações de sua gestão, Dilma voltou a afirmar que o país não pode "se contaminar pelos profetas do caos". "Não levou três dias para o caos desaparecer, para que nós enterrássemos o não vai ter Copa."

    A petista disse também que a campanha deste ano vai exigir "serenidade", "para que não aceitemos provocações que busquem baixar o nível do debate e acirrar o antagonismo e levar ao nível rasteiro de mentiras e más informações".

    "Muitos temem a radicalização que pode estar a caminho, mas uma candidatura que tem muito o que mostrar, muitas ideias para discutir, não precisa fazer campanha negativa. Quem precisa fazer campanha negativa é quem não tem projetos e propostas para o país e não tem o que mostrar", continuou.

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