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    Manifestantes tentam fechar a avenida Paulista; policiamento é reforçado

    DE SÃO PAULO

    26/06/2014 18h28

    Um grupo de cerca de 300 manifestantes, segundo estimativa da Polícia Militar, se concentra desde o final da tarde desta quinta-feira (26) no vão livre do Masp, na avenida Paulista, no centro de São Paulo. Eles devem sair em passeata contra a prisão de dois jovens na manifestação da última segunda (23).

    Por volta das 18h, o grupo tentou fechar parte da avenida Paulista, mas desistiu com a aproximação da cavalaria da PM. Cerca de 30 minutos depois, no entanto, a faixa de ônibus foi fechada, mas o grupo permanecia parado diante do local.

    O padre Júlio Lancelotti tentou negociar com o comandante para que a manifestação ocorra, mas o tenente-coronel Marcelo Pignatari disse que "se não tiver liderança, não haverá manifestação".

    Ricardo Bunduky/Folhapress
    Cavalaria da PM reforça policiamento na região da av. Paulista; grupo protesta contra prisões
    Cavalaria da PM reforça policiamento na região da av. Paulista; grupo protesta contra prisões

    "Ele disse que não vai deixar acontecer a passeata se não tiver um líder e isso é um prenúncio de que a polícia pode ser violenta com os manifestantes. Eu pedi em nome da arquidiocese para que eles não usem a violência nem prendam inocentes", afirmou o padre.

    Os manifestantes gritam palavras de ordem como: "Libertem nossos presos, manifestar é um direito" e "Não não não à repressão. Libertem os presos".

    A PM afirmou que o policiamento foi reforçado no local, com mais policiais do 11º Batalhão, com a cavalaria e com homens da Operação Delegada que já costumam atuar na região.

    Ricardo Bunduky/Folhapress
    Policiais militares revistam manifestantes durante concentração no vão livre do Masp, na av. Paulista
    Policiais militares revistam manifestantes durante concentração no vão livre do Masp, na av. Paulista

    PRISÕES

    O professor Rafael Marques Lusvarghi, 29, e o estudante Fábio Hideki Harano, 26, foram presos na última segunda-feira, em um protesto anti-Copa, também na avenida Paulista. As prisões aconteceram após uma passeata pacífica pela via. As defesas dos dois já pediu habeas corpus, mas o pedido ainda não foi decidido pela Justiça.

    Os dois são acusado de cinco crimes: associação criminosa, incitação da violência, resistência à prisão, desacato à autoridade e porte de artefato explosivo. Pelo Código Penal, associação criminosa é quando três ou mais pessoas se unem para cometer crimes. A pena é de um a três anos de reclusão e a fiança só pode ser determinada por um juiz.

    A defesa de ambos os manifestantes alega que eles não se conheciam. Lusvarghi foi preso ao lado de uma banca de jornal, enquanto Harano já estava dentro de uma estação do metrô.

    Na manhã desta quinta, funcionários da USP organizaram um outro protesto pela libertação dos dois jovens. O grupo fechou a entrada da universidade e depois seguiu em passeata até o Palácio dos Bandeirantes, onde uma comissão se reuniu com representantes do governo estadual. Harano é aluno e funcionários da USP.

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