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    Barroso diz que Barbosa é um 'símbolo contra a impunidade'

    MATHEUS LEITÃO
    DE BRASÍLIA

    01/07/2014 11h24

    Antes do início da sessão do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira (1°), o ministro Luís Roberto Barroso definiu o presidente da corte, Joaquim Barbosa, como um "símbolo contra a impunidade".

    Nesta terça, Joaquim Barbosa, 59, preside sua última sessão na mais alta corte do país. Ele anunciou há um mês sua aposentadoria do Supremo, onde poderia permanecer até 2024, quando completará 70 anos –idade em que os ministros são obrigados a deixar o cargo. Ao se aposentar, Barbosa vai receber o salário integral de R$ 29,4 mil, segundo assessores.

    "O ministro Joaquim se tornou um bom símbolo contra a improbidade. O Brasil precisa de símbolos. Ele conquistou muitas coisas, como ter sido o primeiro negro a chegar à presidência da Corte. Você pode concordar mais ou menos, mas certamente é uma pessoa decente", disse.

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    Mendes também comentou a saída de Barbosa afirmando que terminava uma fase no tribunal. "Foi um período muito agitado do tribunal em função do julgamento do mensalão, que foi muito difícil – um momento muito tumultuado da vida do tribunal", disse.

    Segundo ele, não por conta da ação em si, "mas pelas manobras para que [a ação] se alongasse, a pressão externa e o temperamento do ministro Joaquim Barbosa".

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    FUX

    O ministro Luiz Fux foi outro magistrado da Corte que comentou a saída de Barbosa. "O ministro Joaquim fez muito pela magistratura, guardando três características muito importantes que se exige: a nobreza de caráter, sua elevação moral e sua independência olímpica", afirmou. " [Digo] isso não apenas como ministro que fui presidido por ele como alguém que tem um apreço pessoal por ele".

    HISTÓRICO

    Primeiro negro a assumir a presidência do STF, Barbosa, 59, comanda sua última sessão na mais alta corte do país nesta terça.

    Ele anunciou há um mês sua aposentadoria do Supremo, onde poderia permanecer até 2024, quando completará 70 anos –idade em que os ministros são obrigados a deixar o cargo.

    Polêmico, Barbosa foi figura central do julgamento do mensalão, o mais rumoroso da história da corte. Apontado relator do processo em 2006, foi responsável por conduzir o julgamento a partir de 2012, quando assumiu a presidência do STF.

    O julgamento terminou com 24 pessoas condenadas –19 presas– por envolvimento num esquema que distribuiu milhões a partidos políticos que apoiaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu primeiro mandato.

    O caso foi concluído pelo STF em 2012, mas algumas condenações foram revistas neste ano, após a entrada de novos ministros na corte.

    Editoria de Arte/Folhapress

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