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    Dilma critica mudança de nome da Petrobras proposta em 2000

    SAMANTHA LIMA
    DO RIO

    01/07/2014 17h20

    Sem citar PSDB ou Fernando Henrique Cardoso, a presidente Dilma Rousseff voltou a criticar a tentativa de mudança do nome da Petrobras para Petrobrax, ação do ano de 2000 comumente citada pelo PT para criticar o PSDB. Na época, a mudança –cogitada como forma de ampliar a inserção internacional da Petrobras– foi entendida como um passo em direção à privatização da estatal. Diante da repercussão negativa, FHC acabou desistindo da alteração.

    A presidente aproveitou a cerimônia de comemoração pelos 500 mil barris diários produzidos pela Petrobras, realizada nesta terça-feira (1º), para dizer também que um "fato isolado" ou uma "tendência momentânea" não irão abalar a credibilidade da companhia. Em uma referência às denúncias de corrupção associadas a negócios e projetos da empresa. Em outra oportunidade, Dilma afirmou que as denúncias são parte de uma "campanha negativa para proveito político".

    Fabio Teixeira/Folhapress
    Com a presença de Dilma, Petrobras celebra produção de 500 mil barris de petróleo diários na área do pré-sal
    Com a presença de Dilma, Petrobras celebra produção de 500 mil barris de petróleo diários no pré-sal

    "Como vem ocorrendo invariavelmente, a cada avanço da Petrobras, volta o alarido das vozes que queriam que a empresa fizesse um papel menor. São as mesmas vozes que quiseram tirar o 'bras' do nome da empresa e colocar um 'brax' estrangeiro, ou daqueles que querem que sua rentabilidade curtíssimo prazo prevaleça sobre o fortalecimento a médio prazo da empresa. Mas isso não nos intimida".

    Nesse momento, Dilma recebeu aplausos de parte da plateia, formada por funcionários da Petrobras e convidados da presidência.

    Em 2000, a Petrobras, com aval de Fernando Henrique Cardoso, chegou a anunciar a mudança de seu nome para "Petrobrax", sob a justificativa de que o nome facilitava a internacionalização. A eliminação do sufixo "bras", segundo pesquisa feita na época, associava a empresa a ineficiência estatal.

    A presidente aproveitou para defender a operação em que a União contratou a empresa para produzir até 15 bilhões de barris em quatro áreas no pré-sal na qual a empresa já atua e também a mudança do modelo regulatório para as áreas do pré-sal, ocorrida em 2010. A operação foi anunciada na semana passada e foi mal recebida pelo mercado.

    Dilma disse que, em 35 anos, as áreas do pré-sal repassadas à exploração e produção pelo modelo de partilha renderão R$ 1,3 trilhão a serem "destinados a educação e saúde".

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