• Poder

    Saturday, 04-May-2024 17:57:20 -03
    [an error occurred while processing this directive]

    Confusão começou quando um grupo impediu revista de mochila, diz PM

    DE SÃO PAULO

    02/07/2014 13h27

    A confusão durante o protesto que aconteceu na noite desta terça-feira (1º) na praça Roosevelt, no centro de São Paulo, começou quando um grupo impediu que uma mochila fosse revistada, disse a Polícia Militar em nota nesta quarta-feira (2).

    "A confusão começou quando um grupo, de aproximadamente 50 pessoas, investiu com violência contra os policiais, impedindo a realização da revista a um ativista que portava uma mochila de grandes proporções durante o ato", declarou a PM.

    Os policiais militares lançaram bombas de gás lacrimogêneo e dispararam balas de borracha contra manifestantes que participavam do ato que reuniu cerca de 300 pessoas, segundo a PM.

    A corporação afirma que utilizaram bombas e dispararam tiros de borracha com o objetivo de garantir a segurança dos policiais.

    Durante o ato, cinco pessoas foram encaminhadas ao 78ºDP. Um dos advogados detidos afirma que foi agredido por policiais dentro da viatura, quando era levado para a delegacia.

    Questionada, a PM respondeu que sobre o "ato de algum policial que possa ser considerado abusivo, solicitamos que formalizem sua denúncia na Corregedoria da Polícia Militar (rua Alfredo Maia, 58- bairro Luz)".

    Veja vídeo

    reportagem: Anna Virginia Balloussier, Felix Lima e Isadora Brant | edição: João Wainer

    Assista ao vídeo em tablets e celulares

    DEBATE

    O ato teve uma espécie de assembleia organizada pelo grupo Território Livre. Os organizadores montaram uma mesa com microfones e caixas de som, que são usados para discursos de manifestantes. Duas faixas foram estendidas na praça com as inscrições "Libertem nossos presos políticos" e "Pelas liberdades democráticas".

    O ato teve a participação do padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo. Segundo os manifestantes, trata-se de um ato de repúdio às prisões do professor Rafael Marques Lusvarghi, 29, e do estudante Fábio Hideki Harano, 26.

    Segundo a Polícia Civil, Lusvarghi e Harano são "black blocs" -ativistas que pregam a depredação do patrimônio. Eles respondem por associação criminosa, incitação à violência, resistência à prisão, desacato à autoridade e porte de artefato explosivo. Ambos negam as acusações.

    Segundo o padre, as prisões são políticas. "[Policiais] estão querendo mostrar serviço. As acusações da polícia são delirantes, não há provas consistentes", disse. Rafael Padial, um dos líderes do Território Livre, disse que não haverá passeata. "É um debate público sobre as prisões arbitrárias", afirmou.

    No dia 23, quando Lusvarghi e Harano foram presos, um observador legal também foi detido, mas liberado em seguida. A PM afirmou que a detenção aconteceu por porte de drogas. Os Observadores Legais são um grupo ligado a entidades de direitos humanos e fiscalizam possíveis situações de conflito.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024