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    Tucanos atribuem subida de Dilma a 'patriotismo' e apostam em queda

    GABRIELA GUERREIRO
    DE BRASÍLIA

    03/07/2014 12h56

    Integrantes da campanha do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República atribuíram nesta quinta-feira (3) à Copa do Mundo o crescimento de quatro pontos percentuais da presidente Dilma Rousseff na pesquisa Datafolha.

    Em nota, o candidato disse que viu com "satisfação e tranquilidade" o resultado da pesquisa porque mostra que a realização de segundo turno nas eleições presidenciais está "consolidada".

    "A diferença entre nossa candidatura e a da presidente nesse segundo turno vem diminuindo a cada pesquisa. Hoje seria de apenas 7 pontos. Os números são especialmente relevantes quando se vê que o nível de conhecimento de Aécio Neves ainda é muito menor que o da presidente. É um excelente ponto de partida para a campanha eleitoral", afirma na nota.

    Aliados de Aécio consideram que o país vive um momento de "patriotismo", o que contribui para a avaliação positiva da petista junto ao eleitorado. Os tucanos avaliam que o cenário positivo para Dilma vai sofrer revés a partir de agosto, com o início da campanha eleitoral no rádio e na TV.

    "Temos um momento de muita euforia de Copa, presente até em publicidade de detergente. Mas não é nada que perdure. Permanecem os problemas essenciais, éticos, a precariedade dos serviços públicos. Vamos começar a discuti-los e o cenário vai sofrer mudanças", afirmou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice-presidente na chapa de Aécio.

    Coordenador da campanha do tucano, o senador José Agripino Maia (DEM-RN) disse que o "efeito Copa" e a satisfação dos brasileiros com o mundial de futebol traz impactos diretos às pesquisas eleitorais –especialmente com a redução de manifestações contrárias à Copa.

    "Como a Copa tem transcorrido normalmente, ela [Dilma] teve esse crescimento. Mas ainda é muito alto o número de indecisos. Os brasileiros só vão se voltar para as eleições em agosto", afirmou.

    Aliados de Aécio apostam na migração dos votos dos indecisos para o tucano, com base em projeções da pesquisa de que a rejeição a Dilma é maior em um eventual segundo turno entre os dois candidatos. "A parcela de indecisos para o primeiro turno não é a mesma que a do segundo", disse Aloysio Nunes.

    Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira mostra que as intenções de voto em Dilma avançaram de 34% para 38% –a maior variação entre todos os concorrentes– e a aprovação do governo variou positivamente, de 33% para 35%.

    Editoria de arte/Folhapress

    No mesmo período, Aécio oscilou de 19% para 20%. E Eduardo Campos (PSB) foi de 7% para 9%, deixando assim a posição de empate técnico com Pastor Everaldo (PSC), estacionado em 4%.

    A pesquisa também mostra que a proporção de eleitores favoráveis à Copa no Brasil subiu de 51% para 63% em um mês. O orgulho com a realização do Mundial saltou de 45% para 60%, o que justificaria o crescimento da avaliação positiva do governo.

    NORDESTE

    Aliados de Aécio também comemoraram o crescimento do tucano em grandes centros urbanos, principalmente na região Sudeste, onde a pesquisa Datafolha mostra que o candidato do PSDB está tecnicamente empatado com Dilma. Mas reconhecem que a campanha terá que focar o Nordeste, onde o Datafolha mostra que Dilma lidera com 55% das intenções de voto.

    "Nas últimas três eleições presidenciais, sempre a última região a reagir é o Nordeste, onde há menor presença do Estado e o PT está mais forte por causa da dependência criada com programas de transferência de renda", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA).

    Aécio vai dar início à sua campanha no Nordeste, prometendo visitar nove Estados numa espécie de "caravana" para anunciar obras para a região. Aliados do tucano apostam nos palanques "sólidos" que dizem ter sido formados na região para alavancar o nome do tucano no Nordeste.

    "Há uma sucessão de promessas feitas por esse governo que foram frustradas no Nordeste. Na hora que os eleitores da Bahia, do Ceará, que forem votar em candidatos da oposição entrarem na campanha, o crescimento do Aécio será inevitável. Quem tem palanques estruturados no Nordeste é o Aécio", disse Agripino.

    Para Imbassahy, o programa de governo costurado pelo PSDB que prevê uma série de obras específicas para a região Nordeste vão ajudar o tucano a recuperar sua popularidade na região.

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