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    Ministro não comemora pesquisa, mas defende ascensão lenta e consolidada

    TAI NALON
    DE BRASÍLIA

    03/07/2014 17h35

    O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) evitou comemorar nesta quinta-feira (3) o crescimento da presidente Dilma Rousseff na pesquisa Datafolha, mas disse que uma ascensão lenta porém consolidada da pré-candidata é um cenário interessante.

    O levantamento, divulgado também nesta quinta, mostra que Dilma cresceu quatro pontos percentuais em relação ao levantamento anterior e chegou aos 38% das intenções de voto.

    Segundo o ministro, que é uma espécie de porta-voz do PT lulista dentro do governo, não se pode "valorizar a pesquisa nem quando é boa nem quando é ruim". "Agora, dizer que uma pesquisa que é melhor não nos alegra, é bobagem também", pontuou.

    Segundo o Datafolha, Dilma variou mais do que seus adversários isoladamente, mas sua margem de liderança na corrida eleitoral está mais estreita. Isso ocorre porque, juntos, os adversários da petista avançaram mais do que ela no mesmo período. Desde o início de junho, somados, Aécio Neves (PSDB-SP) e Eduardo Campos (PSB-PE) conquistaram seis pontos.

    No início do mês passado, Dilma tinha 34% contra 32% de todos os seus concorrentes somados. Agora, o placar é 38% a 38%.

    O humor do país mudou, entretanto, e um dos motivadores é o desempenho do país como sede da Copa do Mundo. Pesquisa Datafolha finalizada nesta quarta-feira (2) mostra que a proporção de eleitores favoráveis à Copa no Brasil subiu de 51% para 63% em um mês. O orgulho com a realização do Mundial saltou de 45% para 60%.

    "Eu acho que, aos poucos, temos a confiança que o povo brasileiro vai reconhecendo o trabalho da presidenta Dilma, o trabalho desse governo, e acho que isso vai levar cada vez mais a esses índices de aprovação serem consolidados. Eu acho que um crescimento sustentado, que seja lento, nos interessa muito, porque reflete, a nosso juízo, um bom trabalho que esse governo vem fazendo, em que pese todas as condições adversas", afirmou Gilberto.

    Para o ministro, a retomada do otimismo com o governo Dilma e com a Copa é reflexo daquilo "que achamos que ia acontecer: tudo de normal". Ele atribuiu, contudo, da mesma maneira que a presidente tem reforçado em discursos recentes, que houve "terrorismo" às vésperas do torneio e que isso pode ter contaminado expectativas.

    "É normal que haja aeroporto, estádios, gramados bons, sobretudo é normal, e nós sabíamos disso, a generosidade que o povo brasileiro tem. O que não foi normal foi o terrorismo que foi feito. Então agora nós não estamos exultantes, porque todos nós sabíamos que seria assim. Quem não deve estar muito bem é quem apostou no terrorismo", afirmou.

    Editoria de arte/Folhapress

    MUDANÇA MINISTERIAL

    Gilberto voltou a negar que vá sair do governo para atuar na campanha à reeleição de Dilma ao final da Copa do Mundo. Ele disse que qualquer coisa, neste momento, "é especulação".

    "Em nenhum momento a pessoa que me chamou para ser ministro disse outra coisa. Portanto, eu sou ministro, estarei ministro enquanto a presidenta Dilma quiser. Se ela me chamar para qualquer outra função, é evidente que serei obediente e cumprirei com entusiasmo."

    "Por mim, eu continuo no governo trabalhando. E vou na campanha ajudar nas horas vagas, como já fiz outros anos", continuou.

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