Primeiro dos principais postulantes à Presidência a registrar sua candidatura na Justiça Eleitoral, Eduardo Campos declarou possuir um patrimônio de R$ 547 mil, valor similar ao que informa desde as eleições de 2006, quando conquistou o primeiro de seus dois mandatos como governador de Pernambuco.

A declaração de bens, obtida pela Folha, foi entregue nesta quinta-feira (3) ao Tribunal Superior Eleitoral, que irá torná-la pública nos próximos dias.

Campos afirma no documento possuir uma casa em Recife, um apartamento em Jaboatão dos Guararapes, dois terrenos, quotas no valor de R$ 15 mil da Agropecuária Nossa Senhora de Nazaré, R$ 16 mil em depósito bancário e dois veículos, um Kia Cerato e um Fiat 500.

O patrimônio real do candidato possivelmente é maior do que os R$ 547 mil declarados, porém. Isso porque embora não sejam obrigados a isso, na quase totalidade dos casos os políticos seguem, na documentação entregue à Justiça Eleitoral, a regra da Receita Federal que determina que os bens imóveis devem ser declarados pelo seu preço original de compra, mesmo que tenham se valorizado no decorrer dos anos.

Campos entregou pessoalmente seu pedido de registro de candidatura, ao lado de sua vice, Marina Silva.

Na papelada, há previsão de gasto de até R$ 150 milhões na campanha. Foi protocolado também o programa de governo, cujo teor foi tornado público em fevereiro deste ano. Entre outros pontos, há a defesa de uma maior distribuição de recursos a Estados e municípios, foco no desenvolvimento sustentável e um projeto de reforma urbana.

Também nesta quinta-feira assessores do pessebista afirmaram que o pontapé inicial da campanha ocorrerá com uma visita no domingo (6) à favela Sol Nascente, em Brasília, uma das maiores no país.

Pela lei, neste dia começa o período oficial de campanha. "Vamos começar por lá porque é um local que dialoga com alguns dos principais eixos de nossa campanha, que são a necessidade de uma reforma urbana, a questão da violência, moradia e saneamento ambiental. Lá é um lugar que simboliza todas essas carências", afirmou o coordenador-geral da campanha de Campos, Carlos Siqueira.