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    'Muda melhor quem sabe mudar', diz Dilma, em clima de campanha

    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA
    PATRÍCIA BRITTO
    DE SÃO PAULO

    03/07/2014 21h40

    Em evento político do PT no Paraná, na noite desta quinta-feira (3), a presidente Dilma Rousseff procurou se alinhar a um discurso pregando mudanças, e afirmou que "muda melhor quem fez e sabe mudar".

    Em plenária do PT em Curitiba, ao lado do ex-presidente Lula, Dilma comparou o governo do PT ao "dos nossos adversários", e disse que a gestão petista é quem "está do lado do povo brasileiro".

    Para ela, o PT pode fazer "ainda mais mudanças a partir das bases que criou", de crescimento e distribuição de renda.

    "Quem foi capaz de enfrentar todos esses desafios [criar o Minha Casa, Minha Vida e o Mais Médicos, por exemplo] vai também ter condições de enfrentar o desafio de melhoria dos serviços públicos no país", declarou, ao lado também de sua ex-ministra Gleisi Hoffmann, candidata petista ao governo do PR.

    A presidente aproveitou para criticar o pessimismo da população com a Copa. "Estamos dando uma lição naqueles que mostraram um inequívoco complexo de vira-latas", disse.

    "Eles previram o caos e torceram pelo pior, e estão sendo silenciados com o sucesso da Copa das Copas."

    Dilma ainda afirmou que "não há lugar para uma volta ao passado", associando os anos de gestão do PSDB à "recessão, desemprego, redução da renda e dilapidação do patrimônio público".

    POLÊMICA PARANAENSE

    Dilma rebateu ainda as críticas do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que acusou o Tesouro Nacional de discriminar o Estado por não liberar recursos de empréstimos.

    "Ao contrário do que dizem alguns, o Paraná nunca foi discriminado pelo governo federal, pois para mim, os interesses e os direitos do povo de qualquer Estado estão acima de questões partidárias", afirmou.

    Desde o mês passado, o governador tucano tem dito que o governo federal discriminou o Estado porque não havia liberado recursos do Proinveste, linha de financiamento para investimento em infraestrutura.

    Em resposta às críticas, Dilma citou uma série de investimentos do governo federal no Estado, como R$ 47 bilhões em recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Ela citou ainda a presença de outros programas de seu governo no Estado, como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos e Pronatec, bandeiras de sua gestão.

    "A verdade é que nunca se investiu tanto no Paraná, apesar do que falam os nossos adversários, que tentarão esconder tudo que estamos fazendo pelo Estado", afirmou.

    Segundo a presidente, seus adversários "andam espalhando inverdades" sobre sua gestão.

    'RECEITUÁRIO' DO FMI

    Dilma aproveitou o discurso para também rebater as críticas à gestão econômica de seu governo. Ressaltou as conquistas sociais dos governos petistas, e afirmou que seus antecessores causaram desemprego, redução da renda e "dilapidação do patrimônio público com a venda de empresas a preços aviltados".

    Disse que seus antecessores se submeteram ao FMI, enquanto seu governo pagou a dívida internacional.

    "Eles produziram isso não porque fossem maus, mas porque se submeteram a um receituário antipopular imposto naquela época pelo FMI e ao modelo de gestão proposto pelo capital financeiro", afirmou.

    Antes de encerrar, a presidente pediu um minuto de silêncio para as vítimas de um acidente em Belo Horizonte nesta quinta-feira. Um viaduto em construção desabou na capital mineira, provocando a morte de duas pessoas e deixando outras 19 feridas.

    'CHOQUE DE GESTÃO'

    Mais tarde, foi a vez de a ex-ministra fazer seu discurso na plenária do PT paranaense. Ela criticou o governo Richa, que passa por uma crise financeira e chegou a parar obras por falta de dinheiro, dizendo que lhe falta "competência e trabalho".

    "O povo do Paraná não quer um choque de gestão que se transforma em falência financeira chocante", afirmou ela, citando a expressão repetida pelo ex-presidente Lula, também presente no evento, momentos depois.

    Gleisi aproveitou também para alfinetar Requião, que, segundo as pesquisas, se aproxima do segundo lugar da petista. "Passou o tempo do jogo de cena, das ameaças."

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