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    Justiça barra demolição de restante do viaduto que desabou em BH

    LILIANE PELEGRINI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BELO HORIZONTE

    06/07/2014 14h12

    O Tribunal de Justiça de Minas Gerais acatou pedido do Ministério Público Estadual e decidiu neste domingo (6) embargar a demolição do que restou do viaduto Batalha dos Guararapes, em Belo Horizonte.

    A obra desabou na quinta-feira (3), e deixou dois mortos e 23 feridos.

    Além da demolição, estava prevista a remoção dos destroços que bloqueiam a avenida Pedro 1º, que é a principal via de acesso do aeroporto de Confins para o Mineirão, local da partida entre Brasil e Alemanha na próxima terça-feira (8) em uma das semifinais da Copa.

    A decisão judicial foi dada por volta da 1h. No sábado (5), a previsão era de que a demolição e liberação da via acontecesse das 8h às 22h deste domingo (6), segundo anunciado no sábado pela Defesa Civil e pela construtora Cowan.

    O pedido de embargo foi feito pelo promotor Marco Antonio Borges na noite de sábado, depois que o Tribunal de Justiça negou a solicitação de suspender a demolição, feita pelo delegado Hugo e Silva, responsável pelo inquérito sobre o desabamento.

    "Houve o pedido por parte do delegado para que não se alterasse o local dos fatos. O juiz de primeira instância deu uma decisão indeferindo esse mandado, sem ouvir o Ministério Público", disse Borges.

    Segundo o promotor, diante da "gravidade das circunstâncias", a Promotoria decidiu recorrer ao desembargador de plantão, Adilson Lamounier, a fim de revogar a decisão de primeira instância. O Ministério Público foi notificado pelo magistrado no início da madrugada deste domingo.

    Borges diz ainda que foi pessoalmente ao local na manhã deste domingo, para garantir que as autoridades responsáveis fossem notificadas e o embargo fosse cumprido.

    "Orientei também que haja o resguardo do local e do entorno, para garantir a segurança dos moradores, transeuntes e dos operários que trabalhem ou venham a trabalhar na área", afirma.

    Durante a visita, Borges disse que observou uma equipe da perícia policial que continua trabalhando neste domingo e que já terminou a inspeção de uma parte da obra que desabou.

    "Conversei pessoalmente com o perito chefe. Agora, a liberação total ou parcial da via vai depender do que as autoridades policiais julgarem necessário para o andamento do inquérito", afirma.

    A Defesa Civil do Estado está com o maquinário no local do desastre para iniciar o trabalho de apoio à demolição, mas, segundo o órgão, ele só será feiro após liberação por parte das autoridades policiais e da Justiça.

    Editoria de Arte/Folhapress
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