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    Estados de Aécio e Campos, MG e PE gastaram tanto quanto a União

    GUSTAVO PATU
    DE BRASÍLIA

    07/07/2014 02h00

    Os Estados dos principais candidatos de oposição ao Palácio do Planalto promoveram, nos últimos anos, uma expansão de despesas similar à do governo Dilma Rousseff.

    Resultados acumulados pelos governos de Minas Gerais e Pernambuco dificultam críticas de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) à deterioração das contas públicas na gestão federal petista.

    Entre 2010 e 2013, os gastos federais com pessoal, custeio e investimentos aumentaram 39%, bem acima da inflação de 19% no período.

    Promovida na tentativa de estimular a economia e fortalecer programas sociais, a expansão ajudou a alimentar a inflação e a desconfiança de empresários e investidores na política econômica.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Os oposicionistas, porém, não dispõem de números muito diferentes. Em Minas, no governo de Antonio Anastasia (PSDB), aliado e sucessor de Aécio, a alta de despesas foi de 37,4%. Em Pernambuco, sob o comando de Campos no período, de 42,6%.

    O levantamento se baseou em relatórios exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal e não levou em conta encargos da dívida pública e transferências obrigatórias aos municípios, por não se tratar de gastos decididos pelos governantes.

    A aceleração dos gastos foi quase generalizada entre os Estados nos últimos anos e estimulada pelo governo federal, que elevou os financiamentos a projetos de obras.

    Os números de Minas e Pernambuco estão entre os mais elevados. Ambos estão entre os 13 Estados que fecharam 2013 no vermelho, com mais despesas que receitas.

    O secretário da Fazenda mineira, Leonardo Colombini, afirma que a expansão de despesas e a queda do saldo fiscal são explicadas por investimentos financiados com recursos federais –mas que de todo modo terão de ser pagos no futuro pelo Estado.

    Em 2013, Minas recebeu R$ 3,3 bilhões para obras, especialmente em rodovias e projetos de mobilidade urbana, incluindo os associados à Copa. Em 2010, o montante não passou de R$ 1,6 bilhão.

    "Temos um controle muito rígido de nossos gastos", diz Colombini. A receita com o ICMS, principal imposto estadual, cresce em ritmo semelhante ao das despesas, diz.

    A parceria com a União no aumento de gastos é mais notória no caso de Campos, cujo partido foi aliado do PT até setembro de 2013. Pernambuco elevou seus investimentos em mais de 60% de 2010 para 2013 e manteve contas deficitárias ao longo do período.

    Em outras ocasiões, o Estado argumentou que os resultados foram autorizados pelo Tesouro Nacional. A Folha voltou a procurar a Secretaria da Fazenda pernambucana, mas não houve resposta.

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