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    'Querem me tirar no tapetão', diz Arruda após ser condenado

    AGUIRRE TALENTO
    DE BRASÍLIA

    10/07/2014 12h33

    Após ter sido condenado na quarta (9) em segunda instância por improbidade administrativa no caso conhecido como mensalão do DEM, o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PR), afirmou nesta quinta (10) que querem lhe tirar da eleição "no tapetão" e que vai "até o fim" com sua candidatura ao governo do DF.

    O ex-governador convocou a imprensa para uma entrevista coletiva para reiterar que a condenação ocorreu após o registro da candidatura, em 5 de julho, e que por isso poderá concorrer. "Sou candidato ao governo e vou até o fim", afirmou.

    Na quarta, a Segunda Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF condenou Arruda por dois votos a um. Como é uma condenação em segunda instância, ele se torna ficha-suja pelos critérios da Lei da Ficha Limpa. O entendimento predominante até o momento, porém, é que a condenação teria que ter ocorrido até 5 de julho para barrar a sua participação no pleito.

    Sergio Lima/Folhapress 29.jun.2014
    José Roberto Arruda ao lado de Weslian Roriz e do senador Gim Argello
    José Roberto Arruda ao lado de Weslian Roriz e do senador Gim Argello

    Na condenação, dois desembargadores entenderam que o delator do esquema, Durval Barbosa, entregou dinheiro à deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) a mando de Arruda para apoio no pleito de 2006, no qual foi eleito governador pelo PFL, atual DEM. O terceiro desembargador afirmou não ter visto provas da participação de Arruda no caso.

    Ao explicar seu envolvimento no mensalão do DEM durante entrevista ao "Poder e Política", programa da Folha e do UOL, quando apareceu em um vídeo recebendo dinheiro em espécie, Arruda diz ter sido vítima de um "golpe" engendrado pelo PT, cujo "artífice" foi o atual governador de Brasília, o petista Agnelo Queiroz.

    "Nunca existiu o tal mensalão do DEM. Todas aquelas fitas são anteriores ao meu governo, o que está provado com laudos da Polícia Federal", disse. "Mais uma vez querem ganhar no tapetão, ganhar por W.O. Esses obstáculos, em vez de tirar minha disposição, aumentam minha confiança na possibilidade clara de venceremos essas eleições no primeiro turno, é o que eu sinto nas ruas", afirmou Arruda.

    O processo que condenou Arruda em segunda instância estava com a tramitação suspensa por liminar do STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, derrubou essa liminar determinando que houvesse o julgamento. Ainda assim, Arruda afirmou que havia 84 outros processos na frente e que houve pressa para condená-lo.

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