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    Ameaçada na Justiça, campanha de Padilha aposta em Lula na largada

    DE SÃO PAULO

    10/07/2014 13h03

    Ameaçada na Justiça, a candidatura de Alexandre Padilha (PT) ao governo paulista prepara para a próxima semana a largada da campanha e aposta no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ganhar visibilidade.

    Lula é padrinho político de Padilha e principal fiador de sua candidatura. O ex-presidente é esperado no dia 18 em dois grandes eventos programados para marcar o início da campanha – autorizada pela Justiça Eleitoral desde o último fim de semana.

    Pela manhã, Padilha e Lula estarão em uma caminhada entre o Teatro Municipal e a Praça da Sé. No fim do dia, os dois voltam a se encontrar na posse do novo comando do Sindicato dos bancários, reduto político do PT.

    Com 3% das intenções de voto, segundo Datafolha de junho, o petista está atrás do governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 44%, de Paulo Skaf (PMDB), com 21%.

    Sem conseguir avançar entre o eleitorado, Padilha decidiu priorizar os movimentos sindical e social, tradicionais redutos do PT no Estado, para tentar decolar e aposta no capital político de Lula.

    A estratégia inicial direcionou a pré-campanha dele para o interior paulista, na tentativa de conquistar o chamado "voto conservador", que tem resistência ao PT e é considerado a base que elege o PSDB há 20 anos, o que não funcionou até agora.

    No dia 26, Padilha e Lula também devem prestigiar a posse do Sindicato dos Metalúrgicos, marcando mais um grande evento.

    Nesta sexta-feira (11), o candidato do PT fará um aceno aos sindicalistas de Santo André. Sem Lula, ele estará no ato de refiliação de Cícero Firmino, o Martinha, presidente licenciado do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá e atual secretário do Trabalho na gestão do prefeito andreense Carlos Grana.

    Em outra frente, a campanha de Padilha ainda tenta reverter a decisão da Justiça que anulou a convenção estadual da sigla que definiu os candidatos às eleições de outubro.

    O deputado estadual Luiz Moura recorreu à Justiça argumentando que não teve direito de defesa no procedimento interno do PT que decidiu suspender seus direitos partidários por suposta ligação com integrantes da facção criminosa PCC, impedindo-o de disputar a reeleição.

    Uma decisão provisória do Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu o pedido de Moura, determinado sua volta aos quadros do partido e ainda anulou os efeitos da reunião do PT que confirmou o nome de Padilha, do senador Eduardo Suplicy e de dezenas de deputados na corrida eleitoral. O partido deve entrar com recurso nos próximos dias.

    Ao recorrer da liminar, o PT irá argumentar que a convenção não pode ser anulada pela Justiça comum, já que envolve registro de candidaturas, que seriam de competência da Justiça Eleitoral.

    A sigla também contestará o argumento de que Moura não teve direito de defesa. O PT disse que foi surpreendido com a decisão da Justiça. Em meio ao novo revés, o coordenador da campanha, Emidio de Souza, viajou nesta semana com a família.

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