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    Ministro rebate Aécio e diz que não faz sentido vincular Copa com eleições

    LUCAS VETTORAZZO
    DO RIO

    10/07/2014 19h40

    O ministro-chefe da secretaria geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, rebateu nesta quinta-feira (10) as declarações do candidato à presidência pelo PSDB, o senador Aécio Neves, de que a presidente Dilma Rousseff tentou se apropriar politicamente da Copa do Mundo e que agora pagará o preço da eliminação.

    Caravalho chamou de "desprezíveis" as declarações do senador e afirmou que não faz sentido vincular a Copa com as eleições. Segundo Caravalho, a história brasileira recente mostrou que houve casos em que o Brasil perdeu a Copa e a situação ganhou e vice e versa.

    Ele aproveitou ainda para ironizar o tucano, ao dizer que as declarações de Aécio são próprias de quem quer aparecer na imprensa e de quem está em uma situação difícil na disputa eleitoral.

    "Em relação a essas declarações do candidato Aécio Neves, eu acho totalmente desprezível esse tipo de fala, própria de quem precisa arrumar uma linha por dia para aparecer na imprensa. É natural. Eu compreendo a situação dele. É uma situação difícil. Ele está vendo que aquilo que eles apostaram que não daria certo deu certo", disse, em coletiva de imprensa no Rio.

    "Então, [a pessoa] começa a ter uma certa criatividade, a fazer frases de efeito. (...) Eu não vejo, sinceramente, sentido nenhum [na declaração], nem merece resposta esse tipo de afirmação."

    Segundo Carvalho, o governo "quebraria a cara se tentasse tirar proveito da Copa para as eleições da mesma forma que vai se dar mal quem acha que agora uma derrota dessa muda a eleição".

    Ele avaliou que só haveria essa possibilidade –de influência no pleito do resultado do torneio– se a organização fosse um "estrondoso fracasso". Segundo ele, o governo teria passado atestado de incompetência se não tivesse dado conta de realizar o evento, o que não aconteceu.

    "Dissemos desde o começo que não fazia sentido fazer uma vinculação entre Copa e eleições. Qualquer estudo da história do Brasil mostra que essa relação, essa tese, não se sustenta. Eu vi Copa em que o Brasil ganhou e a oposição venceu e que o Brasil perdeu e a situação ganhou. É bobagem."

    "O único risco que nós teríamos seria se a Copa fosse um estrondoso fracasso. Se de fato nós tivéssemos passado vergonha perante ao mundo e não dado conta de realizar esse evento, ai sim se diria que teríamos passado atestado de incompetência e isso poderia interferir na análise da capacidade de gestão desse ou daquele governante. Mas, sinceramente, da minha minha parte, está claríssimo [que isso não ocorreu]", disse.

    Ele assumiu, no entanto, que houve um erro de fiscalização e de construção do viaduto que desabou em Belo Horizonte (MG), resultando na morte de duas pessoas e em dezenas de feridos. Ele lembrou que o viaduto foi feito com recursos federais, mas era de responsabilidade da prefeitura local.

    "Lamentavelmente houve erros no processo de fiscalização [da obra do viaduto]. Cabe de fato uma crítica ao poder público pela falta de rigor no acompanhamento e na fiscalização, uma vez que tudo indica que havia problemas naquela obra. Felizmente o viaduto não havia sido inaugurado, o que poderia resultar em uma tragédia maior", disse.

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