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    Eduardo Campos ataca Dilma e ironiza 'suga-suga' de Aécio Neves

    PATRÍCIA BRITTO
    DE SÃO PAULO

    11/07/2014 17h25

    Em visita a Natal nesta sexta-feira (11), o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, ironizou o também presidenciável Aécio Neves (PSDB) pela tentativa de atrair partidos da base da presidente Dilma Rousseff (PT) para seu arco de alianças.

    A crítica a Aécio ocorreu após ser questionado sobre como conseguirá apresentar suas propostas de governo com menos de dois minutos em cada bloco de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Na resposta, Campos ainda atacou um acordo feito de última hora pelo governo Dilma para ampliar seu tempo no programa.

    "Os brasileiros que fizerem o debate vão dizer: esses aqui [PSB] têm dois minutos de televisão porque não entraram naquele jogo. Um [Dilma] entrou no jogo de trocar ministro em troca de tempo de televisão na véspera de convenção, nunca o Brasil viu isso. E o outro [Aécio] disse assim: 'suga, suga lá e depois vem pra cá'. O Brasil não precisa mais nem de suga-suga nem dessa troca de pedaços do Estado por tempo de televisão", disse Campos.

    O candidato do PSB se referiu à substituição que Dilma fez no Ministério dos Transportes por exigência do PR, para manter o aliado em sua coligação e, assim, abocanhar cerca de um minuto do tempo do partido em seu programa eleitoral.

    Aécio, que também buscava atrair partidos da base de Dilma, havia ironizado o acordo : "Eu digo para eles: façam isso mesmo, suguem mais um pouquinho e depois venham para o nosso lado", disse o tucano na época.

    Crítico de Dilma e Aécio sobre esses temas, Campos governou Pernambuco (2007-2014) com uma ampla coalização de partidos e com uma oposição quase inexistente. Em 2010, foi reeleito em uma coligação de 15 legendas.

    O tom crítico também não se repete em algumas disputais locais. Em São Paulo e no Paraná, o PSB caminha junto com os tucanos, enquanto no Rio de Janeiro, integra a chapa petista.

    Em Natal, Campos voltou a criticar as alianças do governo Dilma, ao dizer que é preciso "limpar a política em Brasília" e a afirmar que, se for eleito, mandará partidos da chamada "velha política" para a oposição.

    "Todo mundo sabe que não muda de verdade se não tiver coragem de botar um bocado de gente pra oposição e botar um bocado de gente séria para tocar o futuro do Brasil", disse ele. "Todo mundo sabe nesse país que a velha política está com o pé em duas canoas, agora, na nossa canoa, não", afirmou.

    Mesmo com as críticas frequentes que Campos faz a partidos como o PMDB, o PSB de Campos apoiará nas eleições deste ano candidatos peemedebistas em seis Estados. Um deles é o próprio Rio Grande do Norte, onde Wilma de Faria (PSB) será candidata ao Senado na chapa do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB).

    A quantidade e o tamanho dos partidos que integram as coligações são importantes na disputa eleitoral porque é com base neles que é dividido o tempo dos candidatos no programa eleitoral. De acordo com previsão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Campos terá 1 minuto e 49 segundos em cada bloco de 25 minutos do horário eleitoral, que começa em 19 de agosto –menos que Dilma (11 min e 48 s) e que Aécio (4 min e 31 s).

    'MILITÂNCIA SOCIAL'

    Também nesta sexta, Eduardo Campos afirmou que, além da propaganda no rádio e na televisão, contará com o peso das mídias sociais na campanha eleitoral, e com uma "militância social", que, segundo ele, está cansada de propaganda e marketing.

    O candidato aproveitou ainda para se apresentar como "único candidato à Presidência da República nordestino", e a vice em sua chapa, Marina Silva, como única candidata da região Norte.

    Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 1º e 2 de julho, Dilma tem 38% das intenções de voto, seguida por Aécio, que tem 20%, e Campos, com 9%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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