O Ministério Público de São Paulo denunciou nesta sexta-feira (12) os dois ativistas presos em um protesto contra a Copa no centro da capital. Fábio Hideki Harano, 27, e Rafael Marques Lusvargh, 29, foram detidos no último dia 23 de junho.

De acordo com nota do Ministério Público, Harano foi denunciado por incitação ao crime, associação criminosa armada, desobediência e posse de artefato explosivo. "Se condenado por todos os crimes pelos quais foi denunciado, sua pena pode variar de 5 anos até 13 anos de prisão", afirmou a Promotoria.

	Avener Prado/Folhapress
	Rafael Marques Lusvarghi e Fabio Hideki Harano (à esq.) foram presos após protesto anti-Copa

Lusvarghi foi denunciado por incitação ao crime, associação criminosa armada, resistência e posse de artefato explosivo, segundo o Ministério Público. A pena mínima total para esses crimes é de 5 anos e 5 meses, e a máxima, de 14 anos e 6 meses de prisão.

"A denúncia, oferecida à 10ª Vara Criminal da capital, tem como base uma investigação feita pela Polícia Civil, que terminou com a prisão em flagrante da dupla", diz a nota da Promotoria.

O Ministério Público aguarda a decisão sobre o recebimento da denúncia pela Justiça e o início da ação penal. Tanto os advogados de Harano quanto os de Lusvarghi ainda aguardam o julgamento de um habeas corpus para que os dois possam ser libertados.

PROTESTO

Neste sábado (12) movimentos sociais pretendem realizar um ato contra a prisão dos dois manifestantes. A manifestação está marcada para acontecer às 17h na praça Roosevelt, na região central de São Paulo.

Chamado de "Grande Formação de Quadrilha pelos Presos Políticos", o ato era para ter sido realizado na última quinta-feira, porém a chuva atrapalhou a realização do evento, segundo os organizadores.

Na convocação da manifestação, feita pelo Facebook, os organizadores dizem que o ato será lúdico e terá intervenções artísticas, como uma quadrilha de festa junina que terá o casamento do governador Geraldo Alckmin (PSDB) com a presidente Dilma Rousseff (PT).