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    Com sete em fim de mandato, PMDB teme perder hegemonia no Senado

    JOÃO PEDRO PITOMBO
    DE SALVADOR

    13/07/2014 02h00

    O mapa da disputa por 27 cadeiras do Senado indica o enfraquecimento do PMDB, dono hoje da maior bancada da Casa, e o crescimento de partidos como o PT e o PSB.

    O partido do atual presidente da Casa, Renan Calheiros, tem hoje 20 dos 81 senadores. Sete, porém, encerram seus mandatos em janeiro próximo e somente Kátia Abreu (TO) tentará a reeleição. Para compensar essa sangria, o partido terá que apostar em novos nomes, como Dário Berger (SC) e Geddel Vieira Lima (BA).

    O temor do PMDB é perder o posto de maior bancada para o PT, hoje com 13 senadores, mas com apenas três em fim de mandato: Eduardo Suplicy (SP) e os suplentes Ana Rita (ES) e Anibal Diniz (AC).

    "Se o partido não fizer um esforço para impulsionar candidaturas competitivas, [a perda da maioria no Senado] é um risco real", afirma Geddel, que disputa a eleição na Bahia e apoiará Aécio Neves (PSDB) para presidente.

    O PT tem 13 senadores, mas apenas três estão em fim de mandato. O partido está otimista: tem 12 candidaturas certas ao Senado e mais duas (PB e AM) que estão sub judice por ações movidas pelo diretório nacional, que quer apoio a aliados.

    "Difícil ter maioria, mas vamos reduzir significativamente a diferença para o PMDB", diz Humberto Costa (PT-PE), líder do partido no Senado.

    Editoria de Arte/Folhapress

    No campo das oposições, o PSDB deve ter uma renovação substancial na bancada. Dos 11 senadores, cinco encerram o mandato, e só Alvaro Dias (PR) e Mário Couto (PA) disputam a reeleição.

    O partido, entretanto, aposta nos retornos ao Senado de José Serra (SP) e de Tasso Jereissati (CE), além de nomes novos como os dos ex-governadores Antonio Anastasia (MG) e Anchieta Júnior (RR).

    "Certamente teremos uma bancada experiente e com muita influência, o que será fundamental no governo com a vitória de Aécio", avalia o senador Alvaro Dias, vice-presidente do PSDB.

    O PSB, partido do presidenciável Eduardo Campos, tem atualmente quatro senadores, mas todos encerrarão seus mandatos em 2019.

    Além disso, o partido possui candidatos competitivos em sete Estados, o que representa a oportunidade de ao menos dobrar a sua atual bancada na legislatura que será eleita agora e se inicia em fevereiro do ano que vem.

    "Com uma bancada forte no Senado muda tudo. Passaremos a ter mais força e teremos que ter ouvidos", afirma Roberto Amaral, vice-presidente do partido.

    O PTB tende a ter uma das principais baixas: com seis senadores, cinco concluem o mandato em janeiro. Fernando Collor (AL), Gim Argello (DF) e Mozarildo Cavalcanti (RR) disputam a reeleição, e o partido terá candidatos novos na Paraíba e no Piauí.

    "A intenção é manter a bancada do mesmo tamanho", diz Benito Gama, presidente nacional do PTB. Contudo, dos cinco candidatos, apenas Collor (PTB) lidera as pesquisas já registradas.

    Nestas eleições, o Senado terá uma forte renovação. Dos 27 senadores em final de mandato, só 10 disputam a reeleição -menor índice desde as eleições de 1998.

    Para Antônio Augusto de Queiroz, diretor do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), é uma oportunidade para "oxigenar o Senado e reduzir a força das oligarquias".

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