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    Grupo faz festa junina em ato que pede libertação de manifestantes em SP

    DE SÃO PAULO

    12/07/2014 20h33

    O grupo Se Não Tiver Direitos Não Vai Ter Copa e o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) realizou na noite deste sábado (12) uma manifestação na praça Roosevelt, em SP, que pediu a liberdade dos dois ativistas presos no último dia 23 de junho –o professor Rafael Marques Lusvarghi, 29, e o estudante Fábio Hideki Harano.

    Às 19h50, a Folha contou 197 pessoas –entre curiosos, manifestantes e fotógrafos– no ato, chamado de "Grande Formação de Quadrilha pelos Presos Políticos", que satiriza uma festa junina. Além de pedir a libertação dos ativistas, eles dizem que protestam contra a repressão da polícia nos atos. O ato terminou por volta das 21h30.

    A tradicional brincadeira junina da boca de palhaço foi feita com uma foto do secretário da Segurança Pública, Fernando Grella. Um boneco do ex-jogador e empresário Ronaldo foi colocado dentro da "cadeia" da festa. Seu crime: ter dito em sabatina da Folha que a polícia deveria "descer o cacete" em vândalos que participam de manifestações.

    Um papel é distribuído para orientar os participantes da quadrilha que será encenada. Os noivos foram bonecos da presidente Dilma Rousseff (PT) e do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB). No final da manifestação, todos os bonecos foram queimados.

    Bandeirinhas verdes e amarelas enfeitaram a praça e continham inscrições como "repressão", "prisões" e "demissões", em referência aos 42 metroviários demitidos durante grave da categoria em junho.

    A Polícia Militar acompanhou a manifestação à distância. Não houve incidentes durante o protesto.

    O ato estava programado inicialmente para a última quinta-feira (10), mas foi cancelado por causa do mau tempo.

    ACUSAÇÕES

    O Ministério Público de São Paulo fez nesta sexta-feira (12) sua denúncia contra os dois ativistas presos.

    De acordo com nota do Ministério Público, Harano foi denunciado por incitação ao crime, associação criminosa armada, desobediência e posse de artefato explosivo. "Se condenado por todos os crimes pelos quais foi denunciado, sua pena pode variar de 5 anos até 13 anos de prisão", afirmou a Promotoria.

    Lusvarghi foi denunciado por incitação ao crime, associação criminosa armada, resistência e posse de artefato explosivo, segundo o Ministério Público. A pena mínima total para esses crimes é de 5 anos e 5 meses, e a máxima, de 14 anos e 6 meses de prisão.

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