Em disputa com o PT para conseguir participar das eleições de outubro, o deputado o estadual Luiz Moura (PT) entrou na Justiça Eleitoral com pedido de registro para sua candidatura à reeleição.

A solicitação foi feita no sábado (12), um dia após uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo apontar que a suspensão do deputado pelo PT, que o deixou de fora da lista de candidatos do partido para as eleições de outubro, foi irregular.

Na mesma sentença, o tribunal confirmou a validade da convenção estadual do partido que lançou na disputa Alexandre Padilha ao governo de São Paulo, a reeleição do senador Eduardo Suplicy, além de dezenas de candidatos a deputados estaduais e federais.

O pedido de Moura será analisado pela juíza Diva Malerbi. Pelas normas eleitorais, quando um partido não registra a candidatura de um de seus filiados escolhido em convenção, o próprio pode fazer o pedido individualmente. Terminou no sábado (12) o prazo final para essa requisição.

Moura disse à Folha que não acredita em problemas para obter o registro, já que teve aval do juiz Renato de Abreu Perine, da 17ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo. Para o magistrado, a suspensão do deputado, que ocorreu após ser flagrado em reunião que teve a presença de integrantes do PCC, não cumpriu os requisitos previstos no estatuto do PT.

O deputado afirmou que, apesar da resistência do PT, vai fazer campanha para Padilha. "Eu sou do PT e vou pedir voto para o Padilha", disse Moura.

Sobre eventuais agendas conjuntas, ele disse que não pretende causar nenhum desgaste ao candidato.

Desde o início do caso, o PT tenta isolar Moura para evitar desgastes na campanha e no discurso de Padilha contra a área de segurança do governo Alckmin. Na sexta-feira (11), o candidato ao governo de SP disse que o PT vai trabalhar para manter fora da disputa eleitoral.

	Marlene Bergamo - 28.mai.2014/Folhapress
	O deputado estadual Luiz Moura é suspeito de ter ligações com a facção criminosa PCC