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    Justiça rejeita pedidos de habeas corpus para ativistas presos no Rio

    DO RIO

    14/07/2014 21h12

    O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro rejeitou até a noite desta segunda-feira (14) todos os pedidos de habeas corpus em favor dos 19 ativistas presos no últimos sábado (12). Eles são acusados de formação de quadrilha armada por envolvimento em atos de vandalismo durante manifestações desde junho de 2013.

    A pena para aformação de quadrilha –associação de três ou mais pessoas para cometerem crimes– vai de 1 a 3 anos de reclusão, mas é dobrada caso exista o agravante do grupo estar armado.

    O grupo, separado dos outros presos, é mantido desde a manhã de domingo (13) no Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste carioca. Os manifestantes foram presos na manhã de sábado em operação da Delegacia de Repressão à Informática da Polícia Civil.

    Entre os presos está Elisa Quadros Pinto Sanzi, conhecida como Sininho. Ela foi presa em Porto Alegre e transferida para o Rio. A radialista Joseane Freitas, funcionária da estatal EBC (Empresa Brasil de Comunicação), também foi detida.

    Segundo a polícia, alguns presos foram flagrados em escutas telefônicas negociando artefatos explosivos. Um revólver, máscaras, gasolina, artefato explosivo, aparelhos de choque, protetores, coletes de imprensa e capacetes foram encontrados em casas de suspeitos.

    A Justiça concedeu 26 mandados de prisão temporária e 17 deles foram cumpridos. De acordo com a polícia, outros dois suspeitos foram presos em flagrante com arma e drogas. Um advogado, pelo menos dois professores da rede pública, uma jornalista e um professor universitário também estão entre os presos.

    Outros dois suspeitos foram presos em flagrante –um com arma e munições, outro com drogas– e dois adolescentes foram apreendidos.

    Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Marcelo Chalreo considerou as prisões "sem fundamento legal, com claro intuito de impedir o direito de manifestação".

    Em nota, a Anistia Internacional classificou as prisões como uma "repetição de um padrão de intimidação que já havia sido identificado pela organização antes do início do Mundial."

    No dia 11 de junho, véspera do primeiro jogo da Copa, a Polícia do Rio conduziu uma ação semelhante e deteve dez pessoas. Na ocasião, Sininho foi conduzida à delegacia e prestou depoimento sobre sua participação em manifestações.

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