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    Nordeste se ressente de ter votado em Dilma, diz Eduardo Campos no Ceará

    ANDRÉ UZÊDA
    DE FORTALEZA

    18/07/2014 19h12

    O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, afirmou nesta sexta-feira (18) que a região Nordeste "se ressente" de ter votado em Dilma Rousseff (PT) nas eleições de 2010, quando a petista foi eleita presidente. Segundo Campos, Dilma não fez pela região o que se esperava dela, e agora "faz terrorismo com a Bolsa Família".

    O socialista esteve na cidade do Crato, interior do Ceará, participando de uma feira de agropecuária no Estado. Neste sábado (19), o presidenciável tucano Aécio Neves também cumprirá agenda no mesmo local.

    "Sempre vim para a exposição do Crato mesmo sem ser candidato. Desde minha primeira infância que venho para cá. Os outros que estão vindo agora que são candidatos. Vim desta vez para falar sobre o Nordeste, mostrar nossos projetos para a região. Nordeste que se ressente de ter votado majoritariamente em uma presidenta que não devolveu a atenção que recebeu", disse.

    Sobre o programa Bolsa Família, criado na gestão na gestão do ex-presidente Lula, Campos disse que "vai manter e ampliar". Citou ainda outros projetos que pretende estender para a região, como a escola em tempo integral e passe livre para ônibus –esta última uma promessa que se compactuou a realizar em Pernambuco, mas não colocou em prática no período que governou o Estado, de 2007 a 2014.

    PESQUISA

    Acompanhado de sua candidata a vice, Marina Silva, Campos comentou o resultado da última pesquisa Datafolha, divulgada na última quarta-feira (17), que aponta empate entre Dilma e a oposição em um eventual segundo turno.

    "A presidente vem em queda. E a oposição clássica está parada. Os institutos de pesquisa, quando analisam os números, claramente apontam que vamos para o segundo turno", disse.

    Segundo o Datafolha, Campos aparece em terceiro lugar na disputa com 8% das intenções de voto, atrás de Aécio (20%) e Dilma (36%). O pessebista preferiu destacar, porém, do seu índice de rejeição – o menor entre os três candidatos, com 12%.

    "Sou conhecido por um terço da população e tenho o menor índice [de rejeição]. A presidenta é conhecida por 100% da população e tem rejeição de mais de 50% (pelo Datafolha é de 35%). Estamos bem tranquilos. Quem está nervoso é quem está concorrendo com a gente, pois sabem que vamos ganhar a eleição", comparou.

    FUGINDO DE POLÊMICA

    Durante o evento Campos não comentou sobre a declaração da sua prima Marília Arraes (vereadora de Recife pelo PSB), que declarou nesta sexta-feira apoio a presidente Dilma Rousseff.

    O presidenciável também evitou entrar em polêmica quando foi perguntado sobre o processo de escolha da candidata do PSB para disputar o governo cearense.

    Às vésperas da convenção estadual, por pressão do diretório nacional, o partido trocou o nome de Nicolle Barbosa pela deputada estadual Eliane Novais. Nicolle lançou uma nota de repúdio pela mudança em cima da hora.

    "A formação dos palanques regionais é um processo que já está superado. Agora nós temos uma candidata que tem história, tem compromisso e é respeitada no Ceará. A Nicolle tem nosso respeito, mas o debate do partido foi na consolidação do nome de Eliane Novais", afirmou.

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