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    Lula pede reeleição de Dilma e aponta dois entraves para crescimento

    MÁRCIO FALCÃO
    ENVIADO ESPECIAL A PRAIA GRANDE

    22/07/2014 15h07

    Após pedir a reeleição da presidente Dilma Rousseff para evitar que o país sofra um "revés" na economia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em uma reunião com prefeitos da Baixada de Santista, nesta terça-feira (22), que o baixo crescimento econômico do país é motivado por "dois problemas".

    Segundo o petista, a economia nacional sofre com o ritmo do comércio mundial e com o baixo investimento interno, que já está sendo enfrentado com bilhões investidos em obras. Ele, no entanto, se disse "tranquilo" com a retomada do desenvolvimento do país.

    "Temos uma crise mundial que fez o comércio do mundo diminuir e temos o problema de investimento interno que já foram anunciadas obras, já tem bilhões de reais colocados e que essas obras estão sendo preparadas, canteiros estão sendo preparados. A Petrobras está pegando no breu para atingir 4 milhões por dia, estou muito tranquilo com o crescimento do Brasil", afirmou o petista para jornalistas.

    Em um discurso de 50 minutos, Lula defendeu a política econômica do governo de sua sucessora, disparou ataques à receita das potências econômicas para enfrentar a crise financeira internacional e recomendou o investimento no comércio interno para aquecer o país.

    Ainda em Praia Grande, Lula falou para uma plateia de químicos ligados a Força Sindical, que oficialmente está ligada a campanha do presidenciável Aécio Neves (PSDB), mas enfrenta um racha com setores. A categoria tradicionalmente também apoia o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que busca a reeleição.

    Aos químicos, Lula disse que o país não pode passar um retrocesso e disse que não está satisfeito com os avanços dos últimos 12 anos porque de "dez degraus, apenas dois" brincou que Dilma é brava como toda mulher.

    "Nós temos que levantar a cabeça e fazer uma reflexão profunda para saber que o país tem que continuar andando para frente e por isso que não tenho nenhuma preocupação. Eu conheço a Dilma. Poucas vezes eu conheci nesse país alguém com caráter e retidão da Dilma", disse.

    O ex-presidente reforçou a tese propagada pelo Palácio do Planalto de que o país apresenta um baixo crescimento porque é vitima da crise financeira internacional.

    "Queria que vocês levassem isso em conta para que a gente não sofresse nenhum revés, para que continuasse com esse país sóbrio, maduro, com dificuldades na economia por conta de uma crise que está demorando ", disse o petista.

    Lula disse que foi "achincalhado" quando propôs investir no mercado interno para rebater a crise e provocou: "temos uma crise mundial, não é causada por trabalhador, por greve, mas por irresponsabilidade e falta de controle do sistema financeiro mundial e aconteceu no coração dos países ricos. Aconteceu nos EUA, na Alemanha, na França, nos países que sabiam dar lição de moral, mas quando a crise foi na casa deles até hoje não sabem sair da crise. Poderiam ter humildade e nós ensinamos".

    Lula repetiu que os governos do PT inovaram ao combater a inflação e promover a geração de emprego.

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